Varejo recua 0,4% em abril

A variação negativa acontece após três meses de crescimento do índice
Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuaram 0,8% frente a março

As vendas no comércio varejista no país, na passagem de março para abril, tiveram retração de 0,4%, o que é considerado estabilidade no índice. Na comparação com abril de 2024, houve alta de 4,8% no volume de vendas. No indicador dos últimos doze meses, o ganho foi de 3,4% e no acumulado no ano, 2,1%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. A estabilidade se explica, em grande parte, pelos resultados de março, quando o índice atingiu o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. "Está havendo uma desaceleração, após três meses de crescimento. Existe o efeito base, pois o patamar anterior foi recorde. É muito mais difícil subir", esclarece o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos.

As taxas negativas ficaram por conta de combustíveis e lubrificantes (-1,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%). As perdas no setor de hiper e supermercados se destacam pelo fato de ser a atividade com o maior peso, compondo mais da metade do índice. Além disso, os primeiros meses do ano foram de crescimento, aumentando a base de comparação. "O comércio é muito focado nos orçamentos familiares", comenta Santos. "A família precisa distribuir seu orçamento entre comércio, serviços, talvez uma poupança ou pagar uma dívida. E no momento existe o fator inflacionário, pois, mesmo com a queda na inflação em geral, houve aumento na inflação dos alimentos e isto vai se refletir diretamente no setor de hiper e supermercados", argumenta. 

Por outro lado, entre março e abril, os resultados positivos ficaram por conta do grupo de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%), tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%). O setor de livros continua em alta, mesmo após o crescimento de 28,2% em março, ainda por conta dos livros didáticos.

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Sexta, 13 Junho 2025

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