PNAD Covid19 aponta estabilidade no mercado de trabalho
A população desocupada do país ficou em 12,6 milhões na terceira semana de agosto, o que representa estabilidade em relação à semana anterior, de acordo com a edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Covid19, divulgada pelo IBGE. "Há uma estabilidade geral nos indicadores de mercado de trabalho, mas olhando as variações, em termos de tendência, foi observada uma variação positiva na força de trabalho, que se deu em função do aumento no contingente da população ocupada", explica Maria Lúcia Vieira, coordenadora do levantamento.
O número de pessoas ocupadas chegou a 82,7 milhões, o que representa estabilidade em relação à semana anterior. Já a população fora da força de trabalho também ficou estatisticamente estável em 75 milhões. "Na população fora da força, entre aqueles que gostariam de trabalhar, mas não tinham procurado trabalho justamente alegando a pandemia como o principal motivo, houve uma redução de cerca de 582 mil pessoas", destaca Maria Lúcia.
O número de pessoas rigorosamente isoladas diminuiu em 2,8 milhões da segunda para a terceira semana de agosto, passando de 44,4 para 41,6 milhões A pesquisa também estimou em 4,5 milhões a população que não fez restrição na semana de 16 a 22 de agosto. No mesmo período, aumentou em 1,9 milhão o número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo ou recebendo visitas.
Para Maria Lúcia, os dados apontam uma flexibilização do isolamento por parte da população. "De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas que aplicam medidas mais restritivas de isolamento", afirma.Esse grupo vem aumentando pela terceira semana seguida. Da primeira para a segunda semana de agosto, 2,9 milhões de pessoas a mais afirmaram ter reduzido o contato, embora continuassem saindo ou recebendo visitas. Já a população que ficou em casa e só saiu por necessidade básica se manteve estável na terceira semana de agosto. São 87,6 milhões de brasileiros nessa situação.
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