O mapa do poder na região Sul após o segundo turno
Dez cidades do Sul escolherem seus prefeitos neste domingo (30). Com isso, o mapa do poder na região – e em todo o país – está completo. O Paraná foi o primeiro Estado a anunciar os resultados nas três cidades que realizaram o segundo tuno. Em praticamente meia hora de apuração, Curitiba anunciou o resultado. Na capital paranaense, Rafael Greca (PMN) venceu com 53,25% dos votos válidos. Ney Leprevost (PSD) obteve 46,75%. Greca é curitibano e tem 60 anos. Foi prefeito de Curitiba de 1993 a 1996. Ele é economista e engenheiro urbanista. Além disso, é escritor, poeta, editor e pesquisador de história e membro da Academia Paranaense de Letras. Em 1999, foi ministro de Esporte e Turismo no início do segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso. Ficou no cargo até maio de 2000. Quando aceitou um cargo no primeiro escalão do governo FHC, tinha sido eleito deputado federal, sendo o mais votado do Paraná Em 2002, Greca foi eleito deputado estadual com 51.921 votos. Quatro anos depois, tentou a reeleição mas chegou apenas à suplência. Este ano, concorreu à prefeitura pelo PMN, mas já foi do PMDB, PFL (atual DEM), PDT e PDS (extinto em 1993).
Em Maringá, Ulisses Maia (PDT) teve 58,88% dos votos válidos enquanto Silvio Barros (PP) levou 41,12% dos votos. Ponta Grossa elegeu Marcelo Rangel (PPS) com 55,38%. Aliel Machado (Rede), por sua vez, conseguiu 44,62% dos votos.
Entre as capitais da região, Florianópolis teve a disputa mais acirrada. Gean Loureiro (PMDB) venceu Ângela Amin (PP) com uma diferença de apenas 1.153 votos. Loureiro tem 44 anos e nasceu em Florianópolis. O peemedebista é formado em direito e administração e também mestre em engenharia de produção e doutorando em engenharia do conhecimento. Essa é a segunda vez que ele disputa a prefeitura da capital catarinense. A primeira vez foi em 2012, quando conquistou 27,37% dos votos e foi para o segundo turno com Cesar Souza Júnior (PSD). Na ocasião, obteve 47,36% dos votos, enquanto o adversário recebeu 52,64%. Loureiro foi eleito vereador aos 19 anos, sendo o mais jovem eleito para o cargo na cidade. Foram cinco mandatos seguidos de vereador antes de se candidatar – e ser eleito – como deputado federal, em 2010. Em 2014, foi eleito deputado estadual.
Ainda em Santa Catarina, Blumenau elegeu Napoleão Bernardes (PSDB) com 57,56% dos votos válidos. Jean Kuhlmann (PSD) obteve os 42,44% restantes. Em Joinville, Udo Döhler (PMDB) venceu a eleição (55,6%) que foi disputada com Darci de Matos, candidato do PSD (44,4%).
Em Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior (PSDB) venceu com 60,5% dos votos enquanto Sebastião Melo (PMDB) teve o índice restante (39,5%). Marchezan Júnior é filho do político gaúcho Nelson Marchezan, morto em 2002. O candidato já foi deputado estadual e, atualmente, é deputado federal. Com 44 anos, o porto-alegrense é advogado formado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Marchezan chegou a ser eleito em sua primeira disputa, para deputado federal, em 2002, mas não pôde exercer o cargo devido a uma decisão da Justiça Eleitoral. No ano seguinte, assumiu uma diretoria do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) onde permaneceu até 2006, quando foi eleito deputado estadual. Em 2010, foi eleito deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em 2014.
Em Canoas, Luiz Carlos Busato (PTB) venceu com 51,25% dos votos válidos. Já a oponente Beth Colombo (PRB) obteve 48,75% dos votos. Em Caxias do Sul, Daniel Guerra, do PRB, teve 62,79% dos votos enquanto Edson Néspolo, do PDT, obteve o restante dos válidos (37,21%). Santa Maria, entre os municípios do interior, teve a eleição mais disputada do Sul. Daniel Pozzobom (PSDB) venceu Valdeci Oliveira (PT) por apenas 226 votos.
Brasil
Com a definição do segundo turno, o PMDB termina a eleição deste ano novamente como o partido com o maior número de prefeituras no país. São 1.038 no total. Entre os partidos grandes, o destaque é o PSDB. O partido irá governar 803 cidades – 15,5% a mais que em 2012, quando venceu 695 disputas. O PSD também registra um avanço: de 498 prefeitos eleitos em 2012 para 540 agora. O PT, que governava 638 municípios, comandará 254 cidades, uma queda de 60,1%.
*Com Agência Brasil.
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