Morador do Sul vê economia do país e a própria melhorarem só em 2022

Dos entrevistados da região, 69% acham que o desemprego vai crescer
A maioria prevê o aumento da inflação e do custo de vida, revela pesquisa da Febraban

Mais da metade dos brasileiros que vive na região Sul acredita que as finanças da família só deverão melhorar a partir do ano que vem. Os que acreditam que essa recuperação acontece ainda em 2021 somam menos de um quarto da população. As conclusões são do levantamento inédito, realizado entre 3 mil pessoas maiores de 18 anos em todo o país, na primeira semana de março deste ano.

Segundo o Radar Febraban, 60% dos entrevistados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul acreditam que a situação das finanças da família só deve melhorar no próximo ano. No Brasil, como um todo, esse índice é de 54%, demonstrando um pessimismo maior na região. Os que acreditam na recuperação das finanças familiares ainda este ano na região Sul perfazem 24%, pouco acima da média nacional (23%). Ainda na região, 84% pensam que o Brasil não terá recuperação econômica em 2021. Em relação aos dados nacionais, esse índice atinge 75%.

Os prognósticos sobre desemprego, acesso a crédito, taxa de juros, inflação e poder de compra da população também são predominantemente negativos: 69% acham que o desemprego vai crescer, pouco abaixo da média da pesquisa nacional (70%). Outros 84% preveem o aumento da inflação e do custo de vida (80% é a média nacional); 76% dos entrevistados acreditam que a taxa de juros vai aumentar (igual à média nacional); e 67% vislumbram a diminuição do poder de compra das pessoas (64% na média nacional).

"A crise de saúde provocada pela pandemia atingiu em cheio a economia global, e com especial impacto no Brasil que já vinha tentado se reerguer após sucessivos anos de baixo crescimento. Grande parte das famílias tem ou teve que conviver por um longo período com perdas financeiras, esvaziamento das reservas, redução salarial, desemprego. Diante de tantas dificuldades enfrentadas, não é de estranhar o pessimismo quanto à recuperação financeira das pessoas e do país", avalia o coordenador da pesquisa, cientista político e sociólogo Antonio Lavareda.

Pix
Após 90 dias de uso, o Pix está aprovado pelos usuários que o utilizam para transferências e outras operações bancárias. A pesquisa também detectou uma boa avaliação dos bancos entre a população neste período de pandemia. No Sul, em questão de múltiplas respostas, 45% disseram ter feito transferência bancária através do Pix; 43% o utilizaram para fazer pagamento; 39% recebem pagamentos com ele e 34% contaram com a ferramenta para receber transferências.

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Domingo, 15 Dezembro 2024

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