Inflação acelera para 0,48% em setembro puxada por energia elétrica

Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas registra queda pelo quarto mês consecutivo
Contas de luz sobem com o fim do desconto de Itaipu concedido em agosto

O Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA) ficou em 0,48% em setembro, um aumento de 0,59 ponto percentual. No ano, a inflação acumula alta de 3,64% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,17%. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE. Responsável pela maior variação (2,97%) no índice desse mês, o grupo de habitação mostrou expansão frente a agosto, quando havia caído 0,9%. "Considerando os meses de setembro, a alta do grupo foi a maior desde 1995 quando subiu 4,51%", destacou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA. A principal influência veio da energia elétrica residencial, que saiu de uma queda de 4,21% no mês anterior para um avanço de 10,31% em setembro.

A alta da energia ocorreu em decorrência do fim do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos nas faturas de agosto. Além disso, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos. No ano, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 16,42%, destacando-se como o principal impacto individual no indicador. Já o grupo de transportes registrou alta de 0,01%, após a queda de 0,27% em agosto. A variação reflete a alta nos combustíveis (0,87%) que, no mês anterior, haviam caído em média 0,89%. À exceção do gás veicular (-1,24%), os demais combustíveis apresentaram variações positivas em setembro: etanol (2,25%), gasolina (0,75%) e óleo diesel (0,38%).

O grupo de alimentação e bebidas (-0,26%) registrou queda pelo quarto mês consecutivo. A variação de setembro foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,41%, após redução de 0,83% de agosto. A alimentação fora do domicílio registrou desaceleração na passagem de agosto (0,5%) para setembro (0,11%). "O grupamento dos alimentos para consumo em casa segue com variações negativas, dada a maior oferta dos produtos, o que possivelmente já reflete na alimentação fora, com a queda nos preços na refeição", avalia Gonçalves. No lado das quedas, destacam-se também o seguro voluntário de veículos (-5,98%) e a passagem aérea (-2,83%). Comunicação (-0,17%) e artigos de residência (-0,4%) também tiveram deflação.

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Sábado, 11 Outubro 2025

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