Indústria acumula sete meses de queda: preços recuam 0,20% em agosto

Setor de alimentos exerceu a principal influência negativa 
Entre julho e agosto, os setores mais influentes foram alimentos, químicos, extrativas, papel e celulose

Os preços da indústria nacional caíram 0,20% em agosto frente a julho (-0,31%), sétima taxa negativa consecutiva após uma série de 12 resultados positivos em sequência, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), assim, apresentou alta de 0,48% em 12 meses e o acumulado no ano ficou em -3,62%. Em agosto de 2024, a variação mensal foi de 0,66%. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo IBGE. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

Em agosto de 2025, 12 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações negativas de preço quando comparadas ao mês anterior, acompanhando a variação do índice na indústria geral. Em julho deste ano, 12 atividades haviam apresentado menores preços médios em relação a junho. As variações mais intensas foram em perfumaria, sabões e produtos de limpeza. "Há de se observar que o resultado mensal de agosto é o menos intenso desde abril (-0,12%). Se observarmos o que acontece com o acumulado no ano, veremos que os principais impactos vieram de setores de grande peso na indústria: alimentos, metalurgia, indústrias extrativas e refino. O movimento desses preços tem explicações diversas, mas, no caso de alimentos, por exemplo, a safra é um fator que explica em grande parte a redução, não por acaso, açúcar, soja e arroz despontam como as principais influências, no acumulado do ano", explica Alexandre Brandão, gerente do IPP.

As principais influências entre julho e agosto vieram de alimentos, outros produtos químicos, indústrias extrativas  e papel e celulose. "Em relação ao setor de alimentos, dos 43 produtos levantados na pesquisa, os quatro de maior influência responderam por -0,02 pontos percentuais, ou seja, são os outros 39 produtos que intensificam o resultado negativo. De toda forma, dos quatro de maior influência, a redução do preço da carne de frango, por conta de uma demanda menor, e o café, em período de safra, garantiram a influência líquida negativa, haja vista que os preços do óleo de soja e açúcar VHL subiram", destaca o gerente da pesquisa.

De julho para agosto de 2025, o setor de outros produtos químicos teve a segunda maior influência  no desempenho negativo da indústria. No cômputo do resultado geral do indicador mensal, a principal influência dentre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens de consumo.

Veja mais notícias sobre BrasilEconomiaIndústria.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sábado, 11 Outubro 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/