Guedes afirma que proposta amplia base e redistribui carga de tributos

Ministro da Economia declarou ainda que será possível eliminar e até reduzir tributos, como o IPI
Guedes tem defendido a criação de imposto sobre transações eletrônicas para compensar a desoneração da folha de pagamentos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta quarta-feira (29) que, com uma base ampla de tributação – com mais pessoas e empresas pagando tributos –, é possível reduzir e até extinguir impostos. Guedes esteve em reunião com o relator da reforma tributária no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para discutir o texto enviado pelo governo ao Parlamento.

Segundo ele, a reforma criará uma redistribuição da carga tributária, ampliando a base, e assim será possível eliminar e até reduzir tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Se houver uma base ampla nova, ela permitirá extinguir vários impostos, como os cobrados sobre eletrodomésticos como fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupa, além de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda.

"Muita coisa pode ser feita se conseguirmos uma base ampla que tribute quem não pagava antes e permita pagar menos àqueles que já pagavam. Quando todos pagam, todos pagam menos", afirmou Guedes após o encontro, ao lado do deputado Aguinaldo Ribeiro. Guedes disse que o encontro mostrou que há "convergência de princípios" entre o governo e o Congresso para fazer a reforma tributária.

Ribeiro afirmou que os princípios básicos da reforma serão simplificação tributária, transparência, justiça tributária, com redistribuição da carga, sem aumento do volume de impostos pagos pelos contribuintes. "Isso é fundamental para que possamos ter uma reforma que vai impactar positivamente nosso país. Todos desejamos ter um sistema que possibilite melhorar o ambiente de negócios, a confiança no nosso país, que traga segurança jurídica, estabilidade, e que isso gere um impacto no PIB", declarou.

Guedes tem defendido a criação de imposto sobre transações eletrônicas para compensar a desoneração da folha de pagamentos. "Podemos reduzir o Imposto de Renda, eliminar alguns IPIs. Podemos até reduzir cinco, seis, sete, oito, dez impostos, se tiver uma base ampla onde se criem novas incidências para pessoas que não pagam, [como] pagamentos digitais. Tem uma economia nova digital surgindo", explicou. Ele também afirmou que o envio de reformas como a tributária e a administrativa ao Congresso não depende da equipe econômica. "Quem dá o ritmo das reformas é a política, não é a equipe econômica", disse. O ministro da Economia voltou a dizer que tem a reforma administrativa pronta, esperando o momento oportuno para ser enviada ao Congresso.

Com Agência Brasil 

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