Governo Central registra segundo maior déficit para meses de julho

Resultado primário ficou negativo em R$ 35,9 bilhões
Com esse valor, o Governo Central acumula déficit primário de R$ 78,2 bilhões neste ano

Sem dividendos da Petrobras e com mudanças no cronograma do décimo terceiro de aposentados e pensionistas e do abono salarial, o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou o maior déficit primário para meses de julho em três anos. No mês passado, o resultado ficou negativo em R$ 35,9 bilhões, contra superávit de R$ 18,9 bilhões obtido em julho de 2022. Tanto em valores nominais como reais (corrigidos pela inflação), o resultado de julho foi o segundo pior da história e o pior para o mês desde julho de 2020. Naquele mês, houve déficit primário de R$ 87,8 bilhões por causa dos gastos extras com a pandemia de Covid-19.

O resultado veio muito pior do que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 6 bilhões em julho. Com esse valor, o Governo Central acumula déficit primário de R$ 78,2 bilhões neste ano. Em valores nominais, esse é o segundo maior déficit acumulado, só perdendo para a soma total entre janeiro e julho de 2020 (resultado negativo de R$ 505,2 bilhões). Em valores reais (corrigido pela inflação), é o quinto maior déficit da série. O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece meta de déficit primário de R$ 231,5 bilhões para o Governo Central.

Com Agência Brasil

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