Queda na bolsa de valores deve atrair novos investidores

Brasileiros poderão comprar ações a preços mais baixos
Karen Focchesatto, head operacional da Safe Investimentos, acredita que o cenário em 2022 oferecerá mais opções de investimentos com melhor rentabilidade

Após um ano em que os investidores vivenciaram uma verdadeira montanha russa, com inflação nas alturas e aumento da taxa de juros, 2022 deverá ser um período de boas oportunidades para quem desejar aplicar em ações da bolsa de valores ou outras formas de renda variável. Isso porque, mesmo sendo ano eleitoral, a tendência de melhora do cenário econômico atual deverá impulsionar o crescimento das ações e atrair novos investidores para estas modalidades mais ousadas de aplicações financeiras.

"O Brasil parece estar caminhando rapidamente para o velho equilíbrio macro: mais gastos, inflação mais alta e taxas de juros elevadas. Em virtude disso, as ações da bolsa de valores brasileira caíram muito em 2021, finalizando o ano com o pior desempenho desde 2015. Entretanto, essa queda pode ser uma oportunidade para os investidores em 2022, que poderão comprar ações em boas empresas a preços mais baixos", antevê a economista Karen Focchesatto, head operacional da Safe Investimentos, agência credenciada a XP.

"Mas é preciso que estejam cientes ao provável sobe e desce dos rendimentos. O fato de 2022 ser um ano eleitoral pode trazer bastante volatilidade ao mercado financeiro. Por isso, é preciso que o público da renda variável fique atento em seu perfil de investidor, e somente aplique dinheiro se estiver confortável com isso", emenda. A especialista acredita que o cenário em 2022 oferecerá mais opções de investimentos com melhor rentabilidade.

"Muito por conta dos reflexos de 2020, marcado pela instabilidade causada pela pandemia, o ano de 2021 foi bastante atípico para o investidor brasileiro, tanto na renda fixa quanto na renda variável. Em 2021, baixaram a taxa Selic para estimular a economia, mas isso acabou elevando a inflação. E a inflação se sobressaiu aos investimentos de modo geral", explica.

Ainda segundo Karen, para 2022 a conjuntura tende a ser diferente. Na renda fixa, o cenário de juros mais altos e a inflação mais controlada oferecem possibilidades melhores de ganho real em investimentos conservadores. Já na renda variável, apesar da provável volatilidade por conta das eleições, os analistas da XP Investimentos destacam que pode haver boas oportunidades pelo fato de a bolsa de valores brasileira já ter caído expressivamente e apresentar um desconto histórico muito atrativo.

"Projeções da área de estratégia da XP estimam que num cenário base, ou seja, o mais provável, a bolsa possa aumentar cerca de 19% frente ao ano de 2021. Se projetarmos um comportamento num contexto pessimista para 2022, haveria queda de 10%, e no mais otimista poderia ter uma alta de 40%", aponta a assessora da Safe Investimentos.

Maior procura pela renda variável
A queda de 12% na bolsa de valores em 2021 e uma conjuntura mais promissora na renda variável em 2022 já ensaiam movimentações positivas no mercado financeiro. A Safe Investimentos observou um aumento de 70% na busca de informações de clientes do escritório sobre este tipo de investimentos. Também identificou um incremento de 30% na alocação em ações na carteira de novos investidores nos últimos meses. Atualmente, cerca de 60% do total de investimentos sob a custódia do escritório são de renda variável.

Karen explica que o investidor de renda variável precisa de um perfil agressivo, que aceite ver a volatilidade do seu patrimônio sem sentir um desconforto extremo com isso. "Tendo em vista que as oscilações acontecem diariamente e podem surgir fatos novos não esperados que impactam na renda variável, é recomendado que o investidor não tenha necessidade de utilizar o recurso no curto prazo. Investimentos em renda variável podem levar anos para chegar ao grau de maturação e retornos verdadeiramente expressivos, mas a pessoa precisa estar preparada para a oscilação", orienta.

Com matriz em Caxias do Sul (RS), a empresa fundada por Andreia Morello registra um crescimento anual de 200%, em média, desde 2018. Em 2021, a marca também registrou aumento de 40% na cartela de clientes, dobrou o tamanho da equipe, ampliou o escritório na capital gaúcha e abriu duas novas unidades: em Santa Cruz do Sul (RS) e em Chapecó (SC).

Quer saber mais sobre formas de investimento?
Receba diariamente a newsletter do Grupo AMANHÃ. Faça seu cadastro aqui e, ainda, acesse o acervo de publicações do Grupo AMANHÃ.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 29 Março 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/