Poupança registra captação de R$ 1,3 bilhão em agosto
Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança está se tornando menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da história, em 6% ao ano. Isso reflete diretamente no saldo da captação líquida da caderneta, que teve o pior resultado para o mês de agosto desde 2016. No mês passado, a poupança registrou saldo positivo de R$ 1,3 bilhão.
Segundo o informativo do Banco Central desta quinta-feira (5), a caderneta de poupança acumula saques líquidos de R$ 14,7 bilhões no ano de 2019. Os depósitos somaram R$ 203,818 bilhões, contra R$ 202,5 bilhões dos saques, com saldo de R$ 1 bilhão. No mesmo período do ano passado, as captações (depósitos) tinham superado as retiradas em R$ 16,9 bilhões.
Considerando o rendimento de R$ 3 bilhões no mês, o estoque total na caderneta de poupança passou a R$ 806,3 bilhões no fim de agosto. Apesar da captação positiva, o resultado é o pior para o mês de agosto desde 2016, quando o saldo da captação líquida foi negativo em R$ 4,4 bilhões.
Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.
Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,1 bilhões, e em 2018 a captação líquida foi R$ 38,2 bilhões.
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