Os erros de quem investe no Tesouro Direto
O Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal, é uma das principais ferramentas de investimento em renda fixa no Brasil atualmente devido a sua acessibilidade – exige investimento mínimo de R$ 30 e dá a possibilidade de fazer todas as negociações sem sair de casa. No entanto, quais são os maiores erros que os investidores cometem ao investir no programa? Confira a seguir.
Não prestar atenção nos custos
Um dos principais problemas, de acordo com Márcio Baena Braga, sócio-diretor da Ação Belém Investimentos, é não pensar em custos na hora de aplicar no programa. “Algumas instituições cobram taxas muito altas e corretoras costumam ter taxas menores”, relata o especialista. Muitas vezes, as taxas de custódia cobradas pelas instituições financeiras podem fazer significativa diferença na rentabilidade final do investidor. Vale lembrar que o site do Tesouro Direto mostra as taxas cobradas por todos os bancos e corretoras que fazem parte do programa.
Associar o investimento a risco zero
Elison Nihi, da Classic Agentes Autônomos de Investimento, relata que muitas pessoas associam o Tesouro Direto a risco zero por ser um investimento de renda fixa. O especialista explica que títulos como o Tesouro IPCA+ ou o Tesouro Prefixado podem ter variação em seu valor, caso o investidor decida sair do investimento antes de seu prazo de vencimento e, eventualmente, tenha de embolsar prejuízo por conta disso. O especialista aconselha os investidores a buscarem uma boa assessoria antes de fazer qualquer aplicação. “O assessor tem o papel de dar orientação para o investidor sobre o produto, ser claro e mostrar todos os riscos do investimento que será feito”, afirma.
Não se planejar bem
Outro problema comum entre muitos investidores, de acordo com os dois especialistas, é o de não se planejar bem e precisar sacar o dinheiro antes do prazo de vencimento do título ou da duração prevista para o investimento. Além de correr o risco de ter algum prejuízo com a aplicação, conforme apontado por Braga, outro problema é o do Imposto de Renda (IR). O Tesouro Direto está na tabela de renda fixa do IR, o que significa que aplicações com prazo inferior a seis meses são taxadas em 22,5%, contra uma cobrança que vai regredindo até chegar em 15% para aplicações com prazo acima de dois anos. “A falta de planejamento e disciplina atrapalham bastante também”, afirma Nihi.
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