Corrida de obstáculos
O cenário atual e futuro do setor de madeira e cultivo florestal no Brasil é uma corrida de obstáculos. Nos últimos anos, especialmente naqueles pós-Covid, houve uma adequação natural para a normalização do mercado, mas alguns ônus do período da pandemia ainda persistiram, como o suprimento florestal, o aumento dos juros que ocasionou elevação no valor dos insumos e nos custos da produção, assim como uma piora na complexidade da logística mundial. O Brasil não esteve livre desses impactos, principalmente em relação aos obstáculos para escoamento das exportações. Além do mais, os conflitos atuais entre diversos países impactam a cadeia global de suprimentos e consumo, exigindo maior atenção.
"Para este ano, nossa expectativa é de maior normalização nas tratativas comerciais internacionais. A demanda global por produtos de madeira processada mostra sinais de crescimento, o que abre oportunidades para expandir a presença do Brasil em novos mercados", projeta Juliano Vieira de Araujo, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).
O coordenador do conselho setorial da indústria da madeira da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Roni Marini, aponta outras barreiras que o setor tem enfrentado. Um deles é a escassez de mão de obra, problema que tem atingido todas as indústrias do setor, especialmente na região Sul. Segundo ele, o setor tem feito treinamentos e tem tentado combater o absenteísmo e a rotatividade. Outro desafio é a falta de matéria-prima. "Muitas áreas do Paraná têm se transformado, que eram dedicadas às florestas, se tornaram áreas agrícolas. Por isso, necessitaríamos de uma política governamental para nos ajudar com essa situação, pois é um problema crônico", sugere.
Esta reportagem integra o anuário 500 MAIORES DO SUL – GRANDES & LÍDERES, ranking exclusivo publicado pelo Grupo AMANHÃ com a parceria técnica da PwC Brasil. Clique aqui para acessar a edição completa, mediante pequeno cadastro no Portal AMANHÃ.
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