AMANHÃ e PwC revelam as 500 maiores empresas do Sul
Um pequeno impulso, o crescimento de 1% do PIB em 2017, foi o suficiente para as maiores empresas da região Sul demonstrarem sua capacidade de resposta a qualquer melhora no ambiente econômico, após o exercício de sobrevivência a que se submeteram durante a pesada recessão que fulminou o país nos dois anos anteriores. Essa é uma das evidências do ranking 500 MAIORES DO SUL, lançado por AMANHÃ e PwC na manhã desta terça-feira (13), no Hotel Intercity, em Porto Alegre. A premiação é o maior encontro de líderes dos três estados do Sul do Brasil e vai laurear as maiores empresas da região, além das maiores por estado e os destaques setoriais. O evento será realizado no Centro de Convenções da Fiergs, na capital gaúcha, na próxima terça (20), a partir das 19h.
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O pelotão das 500 MAIORES DO SUL alcançou, em 2017, um total de R$ 537,5 bilhões em faturamento – o maior valor desde 2014, e 4,1% acima do montante que haviam faturado em 2016. Mas essa é apenas uma das boas notícias trazidas pelo ranking de AMANHÃ e PwC. No mesmo ano, o patrimônio das 500 cresceu 7,7%, para R$ 305,8 bilhões, como reflexo da onda azul que envolveu os balanços. A soma dos lucros líquidos chegou a R$ 36,8 bilhões, 9,5% mais do que em 2016. Os bons resultados foram puxados pelas empresas do ramo de energia elétrica, como a Itaipu Binacional, com R$ 3,8 bilhões; a Engie, que lucrou R$ 2,6 bilhões e a Copel, que amealhou R$ 1,1 bilhão. Na ótica inversa, a que contempla os prejuízos, o cenário também se mostrou alentador. Quando se busca, na lista das 500, aquelas companhias que fecharam 2017 em déficit, percebe-se que elas perderam R$ 4,4 bilhões. Não é pouco, mas é significativamente menos que as perdas de 2016, que haviam chegado a R$ 10,5 bilhões. Aliás, nesta edição de 500 MAIORES DO SUL a maré vermelha atinge 75 empresas. No ranking anterior, com base em balanços de 2016, a soma das empresas com prejuízo havia sido bem maior: 109.
Nesta edição de 500 MAIORES DO SUL, o Rio Grande do Sul detém o maior número de empresas. São 196 gaúchas (dez a mais do que na edição passada), ante 183 do Paraná, estado que aparece com duas representantes a menos em relação à listagem anterior. Quem mais perdeu representatividade foi Santa Catarina, que classificou 121 companhias entre as 500, oito a menos que o último ranking. Entre as ilustres ausências catarinenses estão a Rede Berlanda, a Círculo, a H. Carlos Schneider (companhia que controla a Ciser), a Unicred SC, a Univali e o Grupo Tigre que, neste ano, optou por não tornar públicas suas demonstrações financeiras do exercício de 2017. E quem ajudou a reforçar o poderio gaúcho na lista foi o retorno de empresas como Getnet, a rede de supermercados Zaffari e a Vonpar Refrescos, que voltaram a fornecer balanço. Arauco do Brasil e a Cooperativa Lar estão entre as perdas paranaenses no ranking.
Gangorra estadual
As gaúchas exibem a maior soma de receitas e, também, de patrimônios. Consequentemente, são líderes também em Valor Ponderado de Grandeza. O VPG, principal critério de classificação desde 1991, quando foi desenvolvido por PwC e AMANHÃ exclusivamente para o ranking, reflete uma ponderação entre os principais números de um balanço: patrimônio (com peso de 50%), receita (40%) e lucro líquido (10%). Já as paranaenses levam vantagem na soma dos lucros: R$ 16,2 bilhões, o que significa R$ 3,5 bilhões a mais do que as gaúchas e um pouco mais que o dobro das empresas de Santa Catarina (R$ 7,9 bilhões). Os menores prejuízos também pertencem às paranaenses. Suas companhias deficitárias acumularam perdas de R$ 900 milhões, enquanto as gaúchas na mesma situação queimaram quase R$ 2 bilhões. Entre um extremo e outro, figuram as catarinenses, com prejuízos da ordem de R$ 1,6 bilhão. Mas é preciso considerar que, deste total, R$ 1,1 bilhão se refere às perdas de uma única empresa, a BRF. Ainda sobre o desempenho das catarinenses, despontam três evidências positivas. Elas exibem o menor nível de endividamento entre as empresas do Sul, apresentam a maior margem de rentabilidade sobre a receita e, ainda, o maior índice de liquidez, indicador que aponta o montante de dinheiro disponível em caixa para fazer frente aos compromissos de curto prazo.
As Top 10
A Gerdau segue liderando o ranking das 500 MAIORES DO SUL. Com um patrimônio líquido de R$ 23,8 bilhões, e receita líquida de R$ 36,9 bilhões, a companhia soma um Valor Ponderado de Grandeza (VPG) de R$ 26,6 bilhões. Como revela o quadro a seguir, o quadro das dez primeiras colocadas apresenta alguma das mudanças. Com a queda do paranaense Kirton Bank (Ex-HSBC) da sexta para a 16ª colocação, Santa Catarina passa a ter quatro empresas entre as dez primeiras colocadas no ranking 500 MAIORES DO SUL. Ocupando o décimo lugar, a Engie Brasil (ex-Tractebel) é a mais nova representante do grupo, fazendo companhia a Bunge (2ª colocada), que ultrapassou a BRF (3ª) e Weg (6ª). O Top 10 é completado por três representantes do Paraná e três do Rio Grande do Sul.
Líderes setoriais
O anuário de AMANHÃ e PwC revela, ainda, as companhias que são destaques em 29 setores-chave da economia do Sul. São dois critérios: vendas e rentabilidade. Desta forma, tem-se um quadro em que normalmente cada setor mostra dois líderes distintos: uma empresa é a maior e outra, de menor tamanho, desponta por sua capacidade de transformar faturamento em lucro. Entre as maiores por setor, o Rio Grande do Sul conta com 13 companhias, o Paraná com 10, e Santa Catarina, seis. Entre as mais rentáveis, há 12 paranaenses, 11 gaúchas e seis companhias de Santa Catarina. Em cinco setores, uma mesma empresa ocupa a condição de maior e mais rentável. São os casos do Grupo RBS, em Comunicação, Editorial e Gráfica; Coamo, em Cooperativa de Produção ; Todeschini, em Móveis; Refinaria de Petróleo Riograndense, em Petróleo e Petroquímica; e Cia. Hering, em Têxtil e Confecções.
500 Emergentes
No ranking das 500 emergentes, AMANHÃ e PwC mostram quem são e de onde vem as empresas que não se classificaram entre as 500 MAIORES DO SUL, mas compõem um exército de reserva para assumir uma posição no grupo de elite. A primeira aspirante, situada na posição 501, é a gaúcha Sulbras Moldes Plásticos, que exibe um patrimônio líquido de quase R$ 25 milhões e receita líquida da ordem de R$ 11 milhões. A número 2 é a paranaense S/A Moageira Agrícola. No ranking das 500 Emergentes, a primeira empresa de Santa Catarina a despontar é a Odebrecht Ambiental Blumenau, posicionada em 4º lugar. Entre as dez primeiras emergentes, há quatro paranaenses, quatro gaúchas e duas catarinenses.
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