500 MAIORES DO SUL mostra quem é quem na região
A Revista AMANHÃ, em parceria com a PwC, divulgou nesta quinta-feira (15), em Curitiba, os resultados do ranking GRANDES & LÍDERES – 500 MAIORES DO SUL. A edição que celebra os 25 anos do projeto revela as companhias que se destacaram no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Juntas, elas movimentaram, em 2014, a cifra de R$ 475,7 bilhões. O levantamento traz uma grande retrospectiva que aponta as empresas que saíram de cena e aquelas que assumiram o protagonismo no cenário empresarial da região ao longo dos últimos 25 anos.
No balanço de 2014, o Rio Grande do Sul, com 193 empresas, e o Paraná, com 181, são os Estados com maior presença entre as 500 Maiores do Sul. A lista traz 126 companhias de Santa Catarina, estado que ampliou sua presença no ranking em 8% na comparação com o ano anterior. Na soma dos faturamentos em 2014, o RS ainda lidera: a receita líquida das gaúchas listadas foi de R$ 174 bilhões, ante R$ 166 bilhões das paranaenses.
Mesmo com dificuldades para preservar as margens de rentabilidade, as maiores empresas do Sul vêm melhorando em indicadores como receita e patrimônio. Embora o prejuízo acumulado tenha aumentado significativamente – de R$ 1,7 bi em 2013 para R$ 5,2 bilhões em 2014 – a receita líquida subiu para R$ 475 bilhões, uma alta de 7%.
A Gerdau permanece na liderança de Grandes & Líderes – 500 Maiores do Sul. A retrospectiva de 25 anos mostra, aliás, a vertiginosa ascensão do grupo. Em 1991, a Gerdau era uma empresa de base regional e não passava da 5ª colocação entre as maiores do Rio Grande do Sul. Em duas décadas e meia, tornou-se uma multinacional brasileira, alçando-se à condição de número 1 não apenas do Rio Grande mas de toda a Região Sul. O Valor Ponderado de Grandeza – (soma ponderada de patrimônio, receita e lucro) da siderúrgica é mais de 50% superior ao da segunda colocada, a BRF. Indicador exclusivo, o VPG determina a ordem de classificação das empresas no ranking Grandes&Líders – 500 Maiores do Sul.
Retrospectiva
Ao comparar o quadro atual com o início do levantamento, há 25 anos, percebe-se que muitas companhias familiares da região Sul perderam espaço na mesma medida em que multinacionais desembarcaram. Por outro lado, algumas empresas decolaram, como Gerdau, Weg e O Boticário, apostando na profissionalização da gestão.
Em pouco mais de duas décadas, tudo mudou. Ao analisar os motivos pelos quais companhias entraram ou saíram da listagem, nota-se o saldo positivo de uma economia mais dinâmica, competitiva e internacionalizada. Colocados lado a lado, os rankings contam a história da economia da região Sul. Relatam, por exemplo, como tantas empresas do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram desestatizadas.
Paraná, tradição de crescimento
Uma das grandes protagonistas é a Copel que, após 20 anos, não abandonou a primeira posição do ranking do Paraná. Com a saída do banco HSBC do Estado, não parece existir ameaça ao título da companhia como maior empresa paranaense de energia. Com um crescimento de 51,6% na receita líquida em 2014, a Copel alcançou a cifra de R$ 14 bilhões, o que a torna líder isolada no setor em toda a Região Sul. O reajuste tarifário realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contribuiu para o resultado, mas o diferencial foi a retomada do controle sobre a Usina Termelétrica de Araucária, há sete anos alugada para a Petrobras.
Santa Catarina, uma ilha promissora
O destaque da economia catarinense, mais uma vez, ficou por conta das gigantes da indústria alimentícia. BRF e Bunge, as duas primeiras colocadas no ranking estadual, alternam-se na liderança de cada um dos indicadores analisados. A BRF garantiu a ponta porque tem o maior VPG – de R$ 19,6 bilhões. A Bunge, porém, tem a maior receita líquida, de R$ 34 bilhões em 2014. Ambas registraram crescimento nas vendas durante o ano, indo na contramão do segmento como um todo, que sofreu um recuo de 25% nas vendas em 2014, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).
Rio Grande do Sul, onde o campo lidera
Entre as 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul, algumas têm conseguido evoluir em seus indicadores mesmo diante do cenário desfavorável. Em 2014, as que mais se destacaram foram aquelas cujas atividades estão diretamente ligadas ao campo, como é o caso da SLC Agrícola, Grupo Ferrarin e Grupo Vibra, antiga Agrogen. Quem também fechou o ano sem sentir crise foi o setor financeiro. Sicredi e Banrisul, os maiores bancos do Estado, cresceram acima dos 20% em receita líquida. O Banrisul é o único banco estadual da região Sul a despontar entre as grandes empresas. Assim como há 25 anos, é a terceira maior empresa do Estado e a sétima da região.
Emergentes
Ágeis, as pequenas e médias empresas do Sul vêm conseguindo melhorar seus resultados mesmo diante da crise. Entre 2013 e 2014, a soma do Valor Ponderado de Grandeza (VPG) das 500 Emergentes do Sul cresceu de R$ 12,6 bilhões para R$ 13,4 bilhões. Entre as 500 pequenas e médias listadas na edição, pelo menos 100 puderam festejar um crescimento superior a 25% no faturamento. Na composição do ranking, o destaque foi o Paraná, que emplacou 180 empresas entre as emergentes – bem mais do que no ano passado, quando ficou com 168 representantes. Ao mesmo tempo, aproximou-se do Rio Grande do Sul, que agora tem 192 companhias, oito a menos que em 2014. Santa Catarina participa com 128 empresas.
Para conferir os resultados completos do ranking GRANDES & LÍDERES – 500 Maiores do Sul acesse aqui.
COMO É FEITO O RANKING
Critério de classificação
O ranking de AMANHÃ e PwC utiliza como critério de classificação um indicador exclusivo, o Valor Ponderado de Grandeza (VPG), que resulta da soma ponderada de Patrimônio Líquido (com peso de 50%), Receita Líquida (40%) e Resultado Líquido (lucro/prejuízo), com peso de 10%.
Foco no balanço
Por uma questão de credibilidade, todas as informações trazidas pelo ranking das 500 MAIORES DO SUL são extraídas de uma única fonte: os balanços financeiros das empresas listadas. São examinadas tanto demonstrações contábeis de grupos quanto de empresas individuais. Pela regra, somente são considerados os balanços de empresas que sejam fechados na região Sul.
Regionalização
500 MAIORES DO SUL é um ranking empresarial que tem foco na região sul. Além do ranking geral, que abrange toda a região, também é desdobrado em rankings específicos para cada um dos três Estados: Paraná, Santa Catarina e Região Sul.
Premiação
A cerimônia de premiação das empresas vencedoras será realizada durante um coquetel no dia 5 de novembro às 19h, na Fiergs, em Porto Alegre. Serão agraciadas as 25 maiores companhias de cada Estado, além de 30 destaques no desempenho em diversos indicadores, entre eles: a maior empresa; a maior receita líquida; o maior lucro líquido; o maior patrimônio líquido; a maior capitalização; maior capital de giro próprio; e a maior liquidez.
Informações para adesão: bruna@amanha.com.br ou (51) 3230.3519.
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