Ainda com crescimento morno, segmento de shoppings mira em novos modelos

A gradual recuperação econômica, a expansão do número de shoppings e a retomada de confiança dos consumidores devem contribuir para que os empreendimentos tenham vendido um pouco acima do que havia sido estimado para 2019: 8%, um ponto percentual além do previsto. O balanço anual da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) ainda não saiu, mas é o que indicam os dados do último trimestre.

Desafiados pela crise econômica que abala o país há mais de seis anos, os shoppings mudaram seu modelo de negócios, incrementaram as opções de lazer, entretenimento e serviços, e atraíram mais visitantes. O número gira em torno de 490 milhões de visitas por mês.

O grau de satisfação das famílias brasileiras com o cenário ainda não deu a volta por cima. Segundo a pesquisa de Intenção das Famílias (ICF), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice vem melhorando, mas segue abaixo dos 100 pontos, marca mínima para que indique disposição de volta ao consumo. Enquanto a aguardada virada não vem, os executivos do setor vão à luta, atrás de insights e de experiências vencedoras. O superintendente do Catuaí Shopping Londrina, Diego Peralta (foto), participou em janeiro do maior e mais importante evento de varejo do mundo em Nova York: o NRF Retail´s Big Show. Durante os três dias de conferência foram discutidos os rumos que o varejo está tomando e o que já se pode prever para o setor no futuro.

"Foi especial estar presente no principal evento do varejo mundial. Cases de sucesso de gigantes do setor são inspirações e nos ajudam a agir diante dos caminhos do novo varejo e do novo shopping center. Saímos com a certeza de que devemos criar experiências memoráveis para nossos consumidores, potencializando o consumo e desenvolvendo o mercado", admite.

A seguir, um resumo feito ao Blog Paraná + Negócios por Peralta sobre as principais tendências para o segmento de shopping center, a partir do que viu no NRF Retail´s Big Show:

– Tecnologia: o processo de automatização segue em franco crescimento, desde a jornada de compra do cliente até a operação de tarefas mais simples, como encontrar o carro no estacionamento. Vale destacar, contudo, que a tecnologia está transformando o setor, mas jamais substituirá as relações humanas. Pessoas seguem sendo o mais importante.

– Experiência: Os espaços das lojas estão cada vez mais atrelados a entretenimento e experiência com o produto. Experiências são capazes de criar vínculo afetivo e viral, expondo cada vez mais os propósitos e desejos, gerando engajamento e fortalecimento da marca.

– Comércio conectado: é fato que o comportamento do consumidor mudou significativamente e levou à uma readequação das lojas físicas. Hoje, a expressão 'omnichannel' deixou de ser tendência e se tornou necessidade no varejo, que passou a ser físico, digital e humano ao mesmo tempo. O conceito evoluiu para além dos canais de venda e inclui agora estratégias relacionadas com meios de pagamento, integração de dados e personalização do relacionamento com clientes. Tudo isso culmina em uma readequação de modelos de negócios e maior atuação dos shopping centers no universo digital.

– Consumidor no centro: o termo original é Customer Centricity e, apesar de não ser novo, se tornou essencial para o desenvolvimento de novos produtos. Nada mais pode ser desenvolvido sem a colaboração do consumidor final. Um dos desafios disso é estar apto para capturar informações importantes dos clientes e extrair inteligência desses dados com o intuito de personalizar experiências.

– Propósito: a venda por si só não deve ser mais exclusivamente o foco dos negócios do shopping. A sociedade como um todo vive um momento em que entender o propósito por trás das marcas é fundamental para geração de valor e consequentemente para conquistar fãs ao invés de apenas consumidores.

MAIS NEGÓCIOS
The Legal Hub chega a Porto Alegre
A startup curitibana The Legal Hub, plataforma digital que mensura as habilidades técnicas e comportamentais dos advogados, além de oferecer cursos dentro de uma Escola de Inovação Jurídica, chega a Porto Alegre nesta terça-feira (11). No Walk Office, a empresa promove o evento Legal Evolution, apresentando sua plataforma digital na área do Direito que inicia as atividades na capital gaúcha. O projeto da startup, que já está em Florianópolis, prevê lançar 16 regionais até o fim do ano. Além da capital gaúcha, está confirmada a chegada às cidades de Joinville, Londrina e Maringá. Nos próximos meses os eventos de lançamento discutirão temas como compliance, Lei Geral de Proteção de Dados, direito digital, soft skills e direito para startups e legaltechs.

"Percebemos uma competição muito grande, com mais de um milhão de advogados no mercado. Em média, uma a cada dez pessoas nas faculdades cursa direito", conta um dos sócios da startup, Luciano Taborda. "E esses advogados quase nunca se atentam para os soft skills. Então o Legal Hub construiu uma nova maneira de avaliação, para que os contratantes possam perceber o valor de cada profissional por meio de suas habilidades técnicas", explica. O segundo passo veio na metade de 2019, com a criação da Escola de Inovação, com a formatação dos eventos Evolution e Summit e com os cursos livres. Sócio de Taborda, Gabriel Torquato relata outra vantagem da plataforma, que é a possibilidade de mensurar as habilidades dos advogados em dois gráficos: os de soft skills, que são as habilidades comportamentais, e os de hard skills, referentes às habilidades técnicas inerentes ao direito. "A gente criou um algoritmo que consegue pegar o currículo desses profissionais e expor as habilidades deles em gráficos. A plataforma mostra os pontos fortes e fracos de cada profissional e no que ele precisa melhorar", detalha. A evolução desse mecanismo veio com a criação da Escola de Inovação Jurídica, hoje com 12 cursos, metodologia própria, andragogia e dinâmicas de aprendizado com situações da vida real. No futuro, há planos para atingir 50 regionais e 50 mil alunos

AGENDA MOMESCA
Dia 15 tem...
...Baile de Carnaval em Curitiba para pets. É a segunda edição do CarnavAU, com direito a concurso de fantasia e cortejo, no Shopping Curitiba, a partir das 15h. As atrações incluem estação de fotos e um CãoCurso. A inscrição é um quilo de ração, que será destinado a ONG Cão Amigo.
...Bailinho de Carnaval do Shopping Mueller, das 14h às 18h. As crianças vão dançar ao som da banda Garibaldinhos e Sacizinhos. Serão distribuídos 500 mapas para a caça ao Kit Folião, com serpentina e confete. Também haverá Camarim de Pintura e Desfile de Fantasia.