WestRock investirá R$ 1,3 bilhão em Santa Catarina
A WestRock (foto), segunda maior fabricante do mundo de embalagens de papelão ondulado, anunciou que investirá US$ 345 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) para ampliar sua operação em Três Barras (SC). Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Jairo Lorenzatto, que preside a companhia, afirmou que o novo investimento está alinhado à estratégia global de crescimento da multinacional e é fundamentado no bom desempenho dos mercados, sobretudo o doméstico. “Hoje, a WestRock opera no limite da capacidade no país e a instalação de mais uma linha de celulose e o desgargalamento (ampliação) das duas máquinas de kraftliner em Três Barras não apenas dão sustentação à nova fábrica de papelão ondulado, que vai consumir mais papel, como preparam a empresa para a demanda futura”, informa a reportagem.
“O projeto prevê ainda a instalação de uma caldeira de biomassa, um novo pátio de madeira e um turbogerador na unidade catarinense. Com isso, a autossuficiência em energia subirá de 55% para 85% e o mix de fibras utilizado na produção de papel passará de 80% de celulose virgem e 20% fibra reciclada para 100% de fibra virgem, entre curta e longa, reduzindo custos. A multinacional inicia agora as conversas com potenciais fornecedores”, informa a publicação. Ainda de acordo com a reportagem, a ampliação da unidade catarinense deve ser concluída no primeiro semestre de 2021 e a projeção é que o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do negócio de papelão ondulado no Brasil mais que dobre, com evolução de 125% após a conclusão dos dois projetos. "Nossa operação no Brasil entregou resultados excepcionais no quarto trimestre [fiscal] e a construção da nova fábrica está dentro do cronograma", afirmou o executivo-chefe da companhia, Steve Voorhees, em teleconferência.
A WestRock é vice-líder no mercado brasileiro de embalagens de papelão, com participação entre 8,5% e 9%, atrás da Klabin, que tem fatia de 18%. No geral, as expedições brasileiras de caixas, acessórios e chapas de papelão devem subir cerca de 2,2% frente a 2017, segundo dados da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), e o desempenho da multinacional está em linha com a média do mercado. "O contexto da WestRock é o da capacidade tomada. Estamos trabalhando para superar a capacidade teórica", observou Lorenzatto ao Valor Econômico. Para ele, ainda é cedo para identificar qual deve ser o ritmo dos negócios no próximo ano. “Mas é certo que, se implementadas pelo novo governo, as reformas estruturais vão alavancar negócios. A decisão de investimento da WestRock, acrescentou, não está associada à agenda política no país e sim ao crescimento orgânico do mercado de embalagens na região”, revela a reportagem, que é assinada por Stella Fontes. “Questionado sobre a provável rodada de consolidação na indústria brasileira, o executivo disse que uma eventual aquisição será considerada quando a qualidade dos ativos disponíveis estiver alinhada aos negócios. Celulose Irani e International Paper avaliam opções estratégicas para seus ativos”, recorda o Valor.
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