PIB cai 1,9% no segundo trimestre

O Produto Interno Bruto do Brasil teve queda de 1,9% nosegundo trimestre de 2015, na comparação com o primeiro trimestre, informou nestasexta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Oindicador mostra que a soma das riquez...

O Produto Interno Bruto do Brasil teve queda de 1,9% nosegundo trimestre de 2015, na comparação com o primeiro trimestre, informou nestasexta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Oindicador mostra que a soma das riquezas produzidas no Brasil nos meses deabril, maio e junho foi R$ 1,4 bilhão.  Noprimeiro trimestre de 2015, o PIB se retraiu 0,7%, ante o quarto trimestre de2014, dado revisado de uma queda de 0,2%. Com isso, o país passa pelo que éconhecido por “recessão técnica”, quando há dois trimestres consecutivos derecuo do produto. A última vez que essa situação ocorreu no Brasil foi durante a crise de 2008. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIBdiminuiu 2,6%, o quinto recuo consecutivo nesse confronto. O mercado esperava,em média, queda de 2%. 

Nos primeiros seis meses de 2015, a retração acumulada daeconomia brasileira foi de 2,1%, segundo o IBGE. O Produto Interno Bruto dosegundo trimestre de 2015 ficou 2,6% abaixo do que foi registrado no mesmoperíodo do ano passado. A queda do PIB em relação ao trimestre anterior é a maiordesde o primeiro trimestre de 2009. A maior queda foi registrada na indústria,que teve redução de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Aagropecuária teve queda de 2,7% e o setor de serviços recuou 0,7%. O consumo dogoverno cresceu 0,7%.

As exportações de bens e serviços aumentaram 3,4% no segundotrimestre, em relação ao três primeiros meses do ano, e as importações caíram8,8%. A despesa de consumo das famílias caiu 2,1% ante o trimestre anterior. Aretração da indústria foi mais intensa na construção civil, que apresentoudesempenho 8,4% menor que no primeiro trimestre. A indústria da transformaçãoteve queda de 3,7%.

No setor de serviços, o comércio caiu 3,3%, os serviços detransporte, armazenagem e correio recuaram 2% e os serviços de informação,1,3%. Os serviços de administração, saúde e educação pública tiveram a maioralta, de 1,9%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o setoragropecuário foi o único a apresentar alta, de 1,8%. De acordo com o IBGE, obom desempenho de alguns produtos com safra no segundo trimestre e aprodutividade contribuíram para o resultado. Em um ano, houve crescimento de11,9% para a soja, 5,2% para o milho e 4,4% para o arroz. A produção de café efeijão caíram 2,2% e 4,1%, respectivamente.

A queda da indústria em relação ao ano passado chegou a5,2%, puxada pela indústria de transformação, que recuou 8,3%. O setor deserviços caiu 1,4% em relação a 2014, com queda de 7,2% no comércio atacadistae varejista. O desempenho das exportações e importações na comparaçãointeranual foi influenciado por uma desvalorização cambial do real de 38% entreo segundo trimestre de 2014 e o deste ano. As exportações de bens e serviçossubiram 7,5% e as importações caíram 11,7%.

As despesas de consumo das famílias também tiveram quedamaior na comparação com 2015 que em relação aos primeiros meses de 2014. Deacordo com o IBGE, o indicador recuou 2,7%, a segunda queda consecutiva.Fatores como inflação, juros, crédito emprego e renda pesaram para que oresultado fosse negativo.

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Domingo, 03 Agosto 2025

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