Paraná concentra 10% das empresas florestais do país
A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) lançou o Estudo Setorial de Florestas Plantadas, que traz um panorama do segmento no Brasil e no Paraná e a expansão alcançada nas áreas com florestas plantadas, bem como na produção e consumo de produtos florestais, que atende à crescente demanda mundial.
Segundo o presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior, o Paraná tem a cadeia de silvicultura mais completa do país, com um dos parques industriais mais diversificados e modernos. Ele lembrou, ainda, que 10% das empresas florestais estão instaladas no Estado. Além disso, o presidente da Apre ressaltou que o segmento florestal foi um dos únicos que conseguiu manter seus postos de trabalho, mesmo na crise que o Brasil enfrentou, e salientou que o Paraná correspondeu, em 2016, a 16% de todo o emprego gerado no setor florestal brasileiro, ficando em segundo lugar na geração de emprego dentro do segmento.
A área com florestas plantadas no Paraná é de 967,0 mil hectares, segundo informações da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Desse total, 70% são de pinus e 30% de eucalipto. O Estado lidera o ranking do maior detentor de área com pinus do Brasil e está em terceiro lugar na classificação geral de pinus e eucalipto do país. Somente as associadas da Apre detêm aproximadamente 434 mil hectares com florestas plantadas. Grande parte dos plantios comerciais do Paraná está concentrada da região Centro-Sul do Estado, e o município de Telêmaco Borba detém a maior área florestal plantada. Com relação aos investimentos, o diretor executivo da Apre apontou que as empresas associadas investiram R$ 12 milhões em pesquisa e inovação florestal e estimam investir mais de R$ 64 milhões entre 2017 e 2021.
Mauro Murara, diretor executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), avaliou que os estudos setoriais servem para fortalecer o setor, pois dão ferramentas tanto de negociação, como de demonstração do potencial do Estado. Além disso, é muito importante para consolidar as estatísticas. “O IBGE, por exemplo, busca informações no anuário da ACR. Agora, a Apre vai se tornar referência também. Além disso, o estudo é uma importante ferramenta para o planejamento estratégico, porque as empresas conseguem olhar para trás e fazer simulações para futuro. Dessa forma, as portas se abrem e o mercado passa a enxergar realmente o que é o setor”, destacou.
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