Brasil perde posições em investimento estrangeiro direto
Com US$ 80 bilhões em investimento estrangeiro em 12 meses até abril, volume que cobre o déficit em conta corrente de US$ 34,1 bilhões, o Brasil ainda conta com uma situação confortável. Porém, um levantamento da consultoria A.T. Kearney revela que o país perdeu seis posições nos últimos quatro anos em investimento direto estrangeiro. Atualmente, o Brasil ocupa a 12ª posição em um total de 25 nações pesquisadas. Além do Brasil, a América Latina só é representada no ranking pelo México, ainda mais atrás, na 18ª posição. A consultoria usa como base dados da Unctad, que se baseiam na metodologia antiga do Banco Central.
O Brasil tem perdido representatividade global justamente em um momento em que o apetite dos investidores externos por ativos tem aumentado em outros países, pois há um cenário de liquidez internacional ainda abundante. De acordo com dados da A.T. Kearney, o volume global de investimento externo alcançou US$ 1,7 trilhão no ano passado – o maior desde 2007. Neste ano, 70% das 504 empresas da pesquisa dizem que aumentarão o volume de recursos direcionados para fora de seus países.
Um dos atrativos para investidores externos no Brasil é que os ativos ficaram relativamente baratos com a desvalorização do real. Como a tendência é de avanço do fluxo global de investimentos pelo menos até 2019, é vital que a situação econômica brasileira se revertesse o mais rapidamente possível. Muitos investidores aportam recursos no país tendo em vista o grande tamanho do mercado doméstico.
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