Algar Telecom fecha o cerco à região Sul
Depois de constituir um escritório regional em Curitiba e adquirir a catarinense Optitel no ano passado, a Algar Telecom fecha o cerco à região Sul ao inaugurar na noite desta quinta-feira (6) sua unidade em Porto Alegre. Foram investidos R$ 85 milhões em infraestrutura e capilarização de rede para começar a oferecer os serviços da companhia ao mercado corporativo do Rio Grande do Sul. O escritório terá uma equipe de 30 profissionais das áreas comercial, técnica e operacional e será liderado por Aluísio Arruda. Com a inauguração do escritório na capital gaúcha, a Algar pretende reforçar o compromisso de expansão e a qualidade das redes interurbanas e metropolitanas no sul do Brasil. A previsão de investimento da empresa para a região este ano é de R$ 30 milhões. No total, a companhia atende cerca de 230 municípios do Paraná para baixo, capilaridade que adquiriu ao encampar, no final de 2015, os 10 mil quilômetros de fibra ótica que compunham a rede da Optitel, de Balneário Camboriú (SC). Entre os serviços oferecidos pela Algar Telecom para clientes corporativos incluem-se links dedicados e videoconferências.
A Algar Telecom, que fatura cerca de R$ 2 bilhões, pode ser considerada pequena diante das gigantes do setor de telecomunicações do Brasil. Porém, o tamanho confere agilidade na tomada de decisões estratégicas – principalmente para saber como usar o valor de R$ 450 milhões, montante que a companhia tem investido nos últimos anos. “Temos um foco muito claro em serviços. E essa proposta de valor que estamos levando para as regiões que estamos chegando”, assegura Jean Carlos Borges (foto), presidente da Algar Telecom.
O atendimento é a principal credencial da companhia frente às concorrentes. Diferentemente de outras operadoras do setor, a Algar faz questão de manter equipes técnicas próprias atuando localmente para solucionar os problemas dos clientes de forma mais rápida e, também, alinhada à cultura de atendimento da companhia batizada com as iniciais do seu fundador, Alexandrino Garcia. “Manter o atendimento integrado em prol do cliente nos fez crescer 20% nos últimos seis anos naquelas regiões em que começamos a oferecer nossos serviços”, conta Borges. Um dos trunfos da Algar é ter seus serviços considerados bons ou excelentes por 94% dos clientes, índice de reconhecimento bem acima dos padrões de aprovação obtidos por outras companhias do setor. A performance estimulou a Algar a deflagrar uma campanha na qual quem faz propaganda de seus serviços não são celebridades, e sim os próprios clientes. “São depoimentos na linha do ´Eu recomendo´”, diz Borges.
A Algar encabeça um consórcio que está construindo um cabo submarino que ligará o Brasil aos Estados Unidos na rota Santos-Fortaleza-Boca Raton, na Flórida. O projeto, avaliado em cerca de US$ 500 milhões, tem ainda a participação da Cabos Angola, da uruguaia Antel e do Google. O cabo terá capacidade técnica de cerca de 20 anos de utilização. Na visão de Borges, a explosão de dados é irreversível e a companhia quer estar preparada para o crescimento na demanda. Nos cálculos do presidente da Algar, mais da metade do conteúdo publicado na internet tem origem nos Estados Unidos. “Será estratégico ter nossa capacidade instalada para escoar e ter acesso a esses dados que serão cada vez mais necessários”, antevê Borges.
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