Zero Trust: a nova base da segurança digital empresarial

Cada solicitação de acesso, mesmo dentro da rede, passa por uma autenticação
O Zero Trust só funciona com infraestrutura de rede confiável

O aumento do trabalho remoto, a adoção massiva de aplicações em nuvem e a expansão da mobilidade corporativa deixaram claro: o modelo de segurança baseado em perímetro não é mais suficiente. Afinal, quando os funcionários acessam sistemas de qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, não existe mais o "dentro" ou "fora" da rede. É justamente nesse cenário que surge o Zero Trust — uma estratégia em que nada é confiável por padrão e cada acesso deve ser validado continuamente.

No modelo tradicional, o foco estava em proteger o perímetro da rede, como se fosse uma muralha em torno da empresa. Uma vez dentro, usuários e sistemas tinham liberdade de circulação. O Zero Trust rompe essa lógica, pois cada solicitação de acesso, mesmo dentro da rede, passa por autenticação e verificação de contexto (usuário, dispositivo, localização, hora e tipo de recurso, por exemplo). Esse controle granular reduz drasticamente os riscos de acessos indevidos e movimentos de invasores.

Apesar de suas vantagens, adotar Zero Trust exige superar alguns pontos críticos, como a integração de sistemas, afinal nem sempre aplicações antigas estão preparadas para autenticação. Também é preciso controlar permissões de forma dinâmica, adaptando-se às mudanças do time. Outra providência necessária é analisar em tempo real o tráfego para detectar anomalias. Por fim, sempre deve-se buscar a estabilidade da conexão, pois gargalos na rede podem comprometer autenticações em tempo real ou verificações adicionais, gerando frustração e riscos.

O Zero Trust só funciona com infraestrutura de rede confiável. Se o link cai, a autenticação trava; se a latência é alta, o acesso é interrompido; se a rede é instável, políticas podem falhar. É aqui que entra a importância de links dedicados, redundância inteligente e SD-WAN. Essas ferramentas garantem não apenas velocidade, mas consistência e previsibilidade. Em outras palavras, a segurança digital depende tanto da estratégia quanto da qualidade da conectividade. O Zero Trust redefine a forma como empresas estruturam acessos, redes e monitoramento, eliminando a falsa sensação de segurança do modelo tradicional.

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Segunda, 17 Novembro 2025

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