Vender para a China no Panamá
Quem quer vender para a China e não se anima a ir até lá, terá em outubro (22 a 24) desse ano uma oportunidade única: o 13º Encontro Empresarial China – América Latina e Caribe, na cidade do Panamá (na foto, a assinatura do memorando entre representantes da China e do Panamá). Deverão participar do evento mais de 500 empresas chinesas e outro tanto dos países da região, principalmente México, Argentina e Chile, todas muito interessadas em vender, comprar e investir.
As chinesas vendem de tudo e, em geral, compram de nós o que sempre mais lhes interessa: alimentos e matérias-primas. As companhias latino-americanas têm mais opções de compras e menos de vendas. Quanto a investimentos, quem tem “bala na agulha” são mesmo as empresas da China, cujo leque de interesses e possibilidades felizmente é bem mais diversificado: indústrias de vários segmentos, energia, mineração, agropecuária, infraestrutura (portos, ferrovias, VLT, aeroportos, etc).
Por enquanto, há a confirmação do evento apenas nos sites dos ministérios de relações exteriores e de indústria e comércio do Panamá. Na versão em inglês do site do China Council for the Promotion International Trade (CCPIT), órgão do governo responsável pela promoção do lado chinês, constam somente as informações sobre o “The 12th China-LAC Business Summit”, ocorrido no ano passado, na cidade de Zhuhai, na província de Guangdong, no sul da China.
Quem se interessar em participar desse evento no Panamá, para vender para empresas chinesas, deve se preparar como se fosse para a China, ou seja, deve levar os materiais promocionais da empresa e dos seus produtos e serviços (ou do empreendimento para o qual busca investimento) em mandarim. Um audiovisual sobre a empresa com locução em mandarim costuma agradar, principalmente se for curto, não mais que cinco minutos.
Perdi o 11º, que ocorreu em Punta del Leste, em 2017, mas nesse não faltarei. Já estou articulando comitivas empresariais e governamentais em alguns estados, apresentando com palestras as demandas da China e oportunidades de negócios e intercâmbios com o país, e as características desse encontro empresarial, que requer um investimento bem menor para entrar no mercado chinês, com a vantagem adicional de se poder falar em espanhol. Nesse momento de tantas incertezas sobre o futuro das relações comerciais entre o Brasil e a China, o melhor é trabalhar para não perdermos o nosso maior cliente.
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