Saldo da balança comercial do Sul recua 65% até setembro
Assim como no cenário nacional, o Sul está sentindo os efeitos da menor atividade econômica mundial. Até setembro, a região exportou US$ 32,2 bilhões até setembro. O valor representa uma queda de 65,3% em relação ao mesmo período de 2018. Já as importações chegaram a US$ 29,6 bilhões, uma alta pífia de 2,1% em relação a igual intervalo do ano passado. A balança comercial, porém, ainda apresenta saldo positivo de US$ 2,6 bilhões no acumulado do ano, queda de 65,3% em relação ao saldo de janeiro a setembro de 2018 (US$ 7,6 bilhões). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), vinculado ao Ministério da Economia, e compilados pelo Portal AMANHÃ. Nos números por estado, o Rio Grande do Sul fechou o acumulado até agosto com saldo positivo de US$ 6,2 bilhões, enquanto o Paraná teve balanço positivo de US$ 2,3 bilhões. Santa Catarina apresentou déficit de US$ 5,9 bilhões (confira os números detalhados na tabela abaixo). A região respondeu por 19,3 % das exportações e por 22,2% das importações no período.
De acordo com nota publicada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), os principais produtos embarcados no período foram: carne de aves, que representa 22,5% da pauta exportadora e cresceu 17,1% em relação ao mesmo período de 2018; carne suína, com participação de 8,5% e crescimento de 31,8%, e soja, com participação de 7,5% e retração de 29,8% no ano. Os demais itens com maior participação são partes de motor (4,8%) e motores elétricos (4,3%), que registraram variação negativa 0,4% e positiva de 0,6%, respectivamente.
No acumulado anual, as exportações industriais alcançaram US$ 9,2 bilhões no Rio Grande do Sul, resultado acima daquele verificado no ano anterior (US$ 9 bilhões), crescimento de 3,5% sob esta base de comparação. A expectativa dos industriais gaúchos consultados na Sondagem Industrial elaborada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), é de crescimento nas vendas externas futuras. O indicador de quantidade exportada na pesquisa referente a setembro registrou alta de 3,2 pontos, atingindo 51,9 – valores acima de 50 representam uma percepção de aumento das vendas para o exterior nos próximos seis meses. O resultado é diferente do observado em agosto, quando a expectativa se deteriorou (48,7 pontos) por conta da piora dos indicadores econômicos da Argentina. Até o fechamento desta reportagem, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e o governo do estado não publicaram avaliações sobre o desempenho da balança comercial paranaense em setembro ou mesmo no acumulado anual.
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