Para Fiesc, encontro entre Lula e Trump é avanço concreto para negociações

Reunião na Malásia mostra disposição efetiva dos dois países para evolução nas tratativas sobre as tarifas
Dados da balança comercial compilados pelo Observatório Fiesc mostram que em setembro, as exportações para os Estados Unidos caíram 55% em relação a igual período do ano anterior

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) avalia que o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia é uma evolução e mostra disposição efetiva dos dois países para a negociação sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A entidade considera como positiva a reunião agendada entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e os negociadores brasileiros. O presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, afirma que a iniciativa reforça o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos em um ambiente de diálogo técnico, pautado por soluções que preservem a competitividade da indústria brasileira e o bom relacionamento comercial entre os dois países.

Seleme destacou ainda que o setor produtivo pediu a inclusão de mais produtos na lista de isenção de tarifas. "A expectativa da indústria é que se possa dar continuidade às negociações com base em argumentos econômicos, setoriais e técnicos. A suspensão da sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos durante o período de negociação é uma das demandas que levamos ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em reunião em Brasília, Geraldo Alckmin", lembrou.

A CNI tem atuado de forma técnica e propositiva desde o início das negociações, defendendo o caminho do diálogo e apresentando propostas concretas em áreas de interesse comum, como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia. As tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre exportações de produtos brasileiros já afetam significativamente as vendas de Santa Catarina para o mercado norte-americano. Dados da balança comercial compilados pelo Observatório Fiesc mostram que em setembro, as exportações para os Estados Unidos caíram 55% em relação a igual período do ano anterior, para US$ 78,7 milhões.

Até o fechamento desta reportagem as federações de indústrias do Paraná (Fiep) e do Rio Grande do Sul (Fiergs) não tinham se manifestado sobre o encontro presencial entre os dois presidentes.

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Segunda, 27 Outubro 2025

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