Neoindústria precisa investir em internacionalização para se manter competitiva
O Fórum Radar Reinvenção, que se encerrou nesta sexta-feira (20), evidenciou a importância da inovação e da internacionalização para a neoindústria. A virada de chave na Tupy, por exemplo, está relacionada à ampliação da presença no mercado externo. Foi o que revelou o CEO da companhia, Fernando de Rizzo, que participou do último painel do evento promovido pela Academia Fiesc de Negócios no Fórum Radar. O evento reúne lideranças industriais catarinenses e brasileiras para discutir o futuro do setor. Nesta edição, o tema central é a neoindustrialização, ou seja, a retomada da indústria como indutora do desenvolvimento do país, mas sob a perspectiva do novo ciclo econômico mundial em curso — que traz oportunidades e desafios.
Os ajustes para ampliar a exportação da produção da Tupy ocorreram de forma gradual, fornecendo produtos para máquinas de construção, máquinas agrícolas, caminhões e outras máquinas de transporte, como locomotivas, sistemas marítimos e empilhadeiras. "O que a gente conhecia não seria importante em outros lugares do mundo, onde a regra de emissões de poluentes se tornou mais importante e as peças estruturais que nós fazíamos teriam desafios metalúrgicos e complexidade geométrica", relatou Rizzo. Em 2022, a companhia já registrou 85% da receita oriunda das vendas externas. "Um dos maiores aprendizados é ser competitivo. O mercado nos ensina a ser competitivo, pois não há proteção e subsídios em outros países. E essa competitividade nasce da inovação criada nos nossos centros de pesquisa", destacou Rizzo. Em Joinville, onde está instalada a principal unidade da Tupy, as pesquisas avançam e a companhia já supre as principais necessidades de setores como alimentos, infraestrutura e transporte. "Queremos ser o principal parceiro da indústria de bens de capital", acrescenta.
Nessa mesma linha, Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai Nacional, frisou que a indústria tem um compromisso inadiável com a construção do futuro e vem apoiando as principais agendas do país. "A mobilização empresarial pela inovação é uma agenda central para o desenvolvimento e competitividade industrial do Brasil. Por isso, criamos uma rede de institutos de inovação e tecnologia que apoiam a indústria", lembrou.
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