Fiesc propõe redução temporária de taxas portuárias durante tarifaço
Num esforço para minimizar os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), enviou ofício aos superintendentes da Portonave e do Porto de Itajaí sugerindo a redução de tarifas portuárias. A iniciativa é uma das medidas do desTarifaço, programa de apoio aos exportadores desenvolvido pelas entidades da Fiesc. "O chamado "tarifaço" têm exigido redução substancial dos preços de vendas e renegociação com os clientes com o objetivo de manter este mercado, que é estratégico, e que foi conquistado e consolidado com muito esforço ao longo de anos", argumenta o presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, por meio de nota. "A situação exige um esforço conjunto em todas as instâncias relacionadas ao tema, para mitigar os efeitos negativos para o país e Santa Catarina", acrescenta ele.
A federação destaca que, diante do momento crítico, especialmente para setores como o de madeira e móveis, a concessão de incentivos como descontos temporários nas taxas de vistoria de container (scanner) e a ampliação do prazo de "free time" podem dar um alívio aos exportadores para manter custos competitivos no mercado externo. A entidade também pede contribuições dos terminais para identificar medidas relacionadas aos órgãos auxiliares e intervenientes do comércio exterior que permitam a redução dos custos das operações.
Os setores de madeira e móveis exportaram no ano passado cerca de US$ 1,6 bilhão. Empregam mais de 70 mil trabalhadores, congregando cerca de 6 mil estabelecimentos. O mercado norte-americano é o principal destino das exportações do setor de madeira e de móveis catarinenses, representando cerca de metade da destinação das vendas externas. Embora foque principalmente na cadeia florestal, a Fiesc pede para que as medidas também sejam avaliadas para outros setores, colocando-se à disposição para apresentar as justificativas. No documento, a federação também lembrou o fechamento de 581 vagas de trabalho em julho só no setor de madeira e móveis, um dos mais impactados pelo aumento das tarifas, dada a exposição ao mercado norte-americano.
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