Promove Sul prevê oferta de R$ 900 milhões para a região

  Um total de R$ 900 milhões será destinado para a promoção do desenvolvimento produtivo, sustentável e social dos três estados do Sul. É o Promove Sul, programa encabeçado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE. Paraná,Santa Ca...
Promove Sul prevê oferta de R$ 900 milhões para a região
 

Um total de R$ 900 milhões será destinado para a promoção do desenvolvimento produtivo, sustentável e social dos três estados do Sul. É o Promove Sul, programa encabeçado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE. Paraná,Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberão, cada um, R$ 300 milhões. O projeto foi apresentado na tarde desta quarta-feira (15) pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, e pelo vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha. O programa também será lançado no Paraná e em Santa Catarina, ainda em datas a serem agendadas. 

Esses recursos já estão disponíveis e poderão ser utilizados para qualquer programa, inclusive para o início de novos. Dentre as condições estão um prazo máximo de 20 anos de amortização, prazo de carência de três anos e uma taxa média que girará em torno da Selic mais 4%. A estratégia tem como diretriz a utilização de recursos próprios do BRDE, que estavam aplicados no mercado, e segue uma base de diversificação de fundings que já vinha sendo uma das prioridades do Banco. O objetivo principal é sustentar o nível de investimento dos empreendedores, contribuir para a retomada do crescimento econômico e gerar novos empregos e renda. Serão beneficiadas empresas, produtores rurais e cooperativas com sede no Estado.

Para Noronha, a perspectiva de adesão ao programa por parte dos empresários do Sul é muito positiva. “Estamos com uma taxa muito competitiva e está faltando dinheiro no mercado. Qualquer funding com essas condições vai ter quem queira”, defende. A expectativa era de utilizar todos os recursos em dois anos, mas para o vice-presidente do BRDE, eles não devem durar até lá. Ele acredita, ainda, que a promoção do desenvolvimento caminha lado a lado com o Promove Sul. “Quando se tem prazos e taxas compatíveis, as pessoas perdem o medo de usar o recurso. Por isso temos essa lógica de fazer, ao mesmo tempo, tudo o menos complicado e o mais amplo possível”, sintetiza. 

O Paraná e o Rio Grande do Sul definiram como prioridades de financiamento projetos sustentáveis, de modernização e expansão da atividade produtiva, de inovação ou atualização tecnológica e de ampliação da capacidade de armazenagem de grãos. Além desses, o Paraná priorizará capital de giro para cooperativas, micro, pequenas e médias empresas, além de empresas exportadores, independentemente do porte. Santa Catarina ainda está definindo quais projetos terão prioridade para as linhas de financiamento. 

Repercussão
As Federações de Indústrias do Sul louvaram a iniciativa do BRDE. Na visão de Carlos Valter Martins Pedro, presidente da Fiep, o projeto será fundamental para o cenário atual de retomada do crescimento da indústria. “O industrial precisa de crédito com juros baixos e prazos longos para pagamento. Por ter recursos próprios do BRDE, o programa também possibilitará que o industrial amplie seu leque de investimentos, o que contribuirá para a competitividade das indústrias paranaenses, que poderão modernizar e expandir os negócios”, avalia. 

Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc, declarou ao Portal AMANHÃ que a criação do programa BRDE Promove Sul é um marco importante para a competitividade da região. “Pelo bom desempenho econômico dos últimos anos, Santa Catarina tem provado ser uma das regiões mais profícuas do país. Mas, apesar de os investimentos realizados aqui terem maiores garantias de retorno, é preciso estimular o empreendedorismo e dirimir os fatores que prejudicam a produtividade”, cobra. 

A maior disponibilidade de linhas de financiamento com custos acessíveis é fundamental para que as empresas comecem a planejar a execução de novos projetos, após um longo período de estagnação econômica, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. "Espero que os R$ 300 milhões destinados para todos os setores do Rio Grande do Sul sejam o início de uma linha de financiamento de maior porte que possa determinar uma maior aceleração da atividade econômica do Estado”, destaca Petry.  Ele lembra que de janeiro a setembro de 2019 o BNDES desembolsou no Estado R$ 4,1 bilhões, dos quais R$ 660 milhões acessados pela indústria.

*Com reportagem de Eduarda Pereira e colaboração de Marcos Graciani

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