Investimento a toque de caixa (de criptomoedas)
A catarinense Bossa Nova Investimentos é a primeira empresa da América Latina a lançar um fundo através de uma criptomoeda. Trata-se da BR11, uma moeda virtual securitizada (security token) atrelada a um fundo de investimentos em startups. O investidor internacional poderá aportar pequenas quantias em startups brasileiras (com US$ 5 mil, já será possível participar). A criptomoeda leva o nome de BR11 porque está associada com as 11 startups nacionais investidas pelo fundo. Cada BR11 vale US$ 1, e o câmbio flutuará de acordo com o sucesso de cada empreendimento. O fundo pretende captar entre US$ 11 milhões e US$ 20 milhões para investir nas próprias startups.
A emissão das moedas utilizará a tecnologia da Securitize, que garante que ela seja 100% compatível com as leis de cada país na qual será oferecida. Para que os investidores possam ter liquidez, a BR11 será listada na plataforma Open Finance, na qual seu câmbio flutuará de acordo com o valuation das 11 startups do fundo. Segundo Pierre Schurmann, founding partner da Bossa Nova e também filho mais velho dos navegadores da família Schurmann, a criação da BR11 é uma forma de atrair investimentos estrangeiros para startups brasileiras. Entre as 11 que fazem parte do fundo estão três do Sul.
Uma delas é a Contentools, empresa global baseada em uma plataforma de gestão de conteúdo, criada em Florianópolis. Também com sede na capital catarinense, a empresa de solução em marketing e comunicação via SMS e telefonia Total Voice é outra investida e a terceira é a Smathint, de Curitiba. A companhia oferece soluções para plataformas de e-commerce e dará início à expansão internacional no segundo semestre. “Duas das três investidas já estão com um pé lá fora. Isso demonstra a qualidade de nossos empreendedores do Sul e o grande potencial de se fazer negócios com startups. Queremos ampliar nosso portfólio com investimento em ao menos mais 100 delas ainda neste ano”, projeta Schurmann.
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