Aumento de custos pressiona margens da Melnick

A rápida subida tem dificultado o repasse para o preço de venda dos imóveis
Retomada econômica deve trazer normalização dos valores dos imóveis

Em seu relatório trimestral de resultados, a Melnick destaca que o período foi marcado pela lenta retomada à normalização das atividades. Em abril ainda havia restrições por conta da pandemia, mas ao final de junho a maioria das rotinas já havia voltado ao normal na empresa. Como as restrições de abertura de estandes impactam principalmente os lançamentos, durante os últimos três meses a Melnick focou na comercialização dos estoques, e com isso vendeu R$ 144 milhões entre abril e junho, o melhor volume dos últimos três anos.

A companhia também lançou o Seen Boa Vista no final de junho, empreendimento de alto padrão que fechou o trimestre 12% vendido. Com isso, tanto a receita veio em linha com os valores alcançados no segundo trimestre do ano passado. Porém, o lucro caiu 44,8%, para R$ 12,3 milhões (veja os principais indicadores ao final desta reportagem).

Um dos fatores que contribuíram para a queda do resultado foram os custos que continuaram o movimento de forte alta. Com os dissídios concentrados em maio e junho, o INCC [Índice Nacional de Custo da Construção, usado para analisar a variação dos gastos das construções] subiu 5,4% no trimestre. "O aumento de custos já soma 17,4% nos últimos 12 meses, e a rápida subida tem dificultado o repasse para o preço de venda, pressionando as margens, a depender da fase de desenvolvimento do produto", detalha a companhia. Apesar disso, o estoque pronto residencial continua baixo, algo que dá confiança para a direção da Melnick, pois a construtora acha que os preços de venda devem recuperar com a normalização das atividades e a retomada econômica.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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