Um chefe de guerra em ação
De Paris (França)
Quase um mês depois da primeira alocução ao país, em 16 de março, eis que Macron veio à nação comunicar que o confinamento está prorrogado até a segunda-feira, 11 de maio. Num discurso ponderado e caloroso, em que cada palavra tinha um objetivo, o presidente homenageou a primeira linha de atendentes; a segunda, formada pelos que permitem ao país de continuar funcionando, e a terceira - onde se alinha a cidadania que respeita a quarentena.
Falando à França de todas as etnias, rincões, idades e convicções políticas, Macron registrou os progressos registrados: alívio nas UTIs e quintuplicação de equipamentos em semanas. Conclamou as pessoas a cuidar de outras enfermidades, que também podem ser fatais, falou das generosas ajudas financeiras a quem precisar. Por fim, virão os testes para quem pode estar infectado. Num discurso de envergadura, de estadismo inegável, falou de refundação da ordem mundial.
Fechou o brilhante pronunciamento com nossas vulnerabilidades, aludindo à necessidade de nos reinventarmos, de construir um projeto de concórdia para o mundo, à margem dos caminhos trilhados. Realçou que as virtudes que estão sendo postas à prova nessa quadra pela cidadania, serão os elementos fundadores de uma nova indústria, agricultura e tecnologia. A despeito de algumas vitórias, a guerra está longe de ganha. Reconhecendo que não há países isentos de erros, admitiu os daqui.
Sorte dos países que são uma nação. Sorte dos países cujas forças vivas obedecem a uma só direção.
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