Oleoplan protocola pedido para IPO

A companhia de energia renovável Oleoplan protocolou na quarta-feira (21) pedido na Comissão de Valores Mobiliares (CVM) para a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla inglês). O prospecto preliminar anuncia que a companhia gaúcha pretende realizar uma oferta pública primária, quando os recursos são destinados ao caixa da empresa; e secundária, na qual os acionistas vendem parte de suas fatias no negócio, de ações ordinárias. A venda será efetuada pelo acionista Irineu Boff, controlador da Oleoplan. A operação será coordenada pelo Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, XP, UBS BB, Citi e Banco ABC.

A produtora de biodiesel e geradora de energia elétrica informou que os recursos líquidos captados por meio da oferta primária serão destinados para a aquisição de participação na Fasa; a construção de duas novas indústrias produtoras de biodiesel, em Rondônia e no Pará; o aumento de capacidade das plantas atuais; a construção de novos armazéns e de duas plantas de refino de glicerina; e capital de giro para as operações atuais.

O grupo foi fundado há mais de 40 anos pela família Boff e figura, desde 2014, entre os dois maiores produtores no mercado de biodiesel do Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os principais segmentos nos quais atua a Oleoplan são os de biodiesel e de extração. A empresa se posicionou, no ano passado, como líder em volume vendido de biodiesel no mercado nacional, tendo contratada a venda de 608 milhões de litros, o que lhe rendeu uma participação de mercado de 10,1%, também de acordo com dados da ANP. Em 2019, a empresa de energias renováveis apresentou receita operacional líquida de R$ 2,6 bilhões. Já o lucro líquido foi de R$ 205,8 milhões.