O mapa da mina da B3: as empresas do Sul que superaram o Ibovespa
A quinta e última reportagem da série de AMANHÃ revela quais foram as companhias do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande que permaneceram por mais tempo obtendo índices de valorização acima do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira. Copel e Sanepar lideram: ambas permaneceram dez meses de 2019 com as ações valorizadas acima do Ibovespa. Em seguida figuram Dimed, Positivo Tecnologia e Weg, que ficaram nove meses nesse patamar no ano passado.
Veja aqui a segunda reportagem da série,
com os maiores índices de Preço sobre o Lucro
Clique aqui para acessar a terceira reportagem da série,
com os maiores índices de P/VPA
Acompanhe aqui a quarta reportagem da série
e saiba quem pagou mais dividendos no Sul
Atualmente, das 427 ações listadas, apenas 57 possuem sede no Sul – e deste total, quase metade (26) é do Rio Grande do Sul. Na visão de Mehanna Mehanna, professor da pós-graduação da Escola de Negócios da PUCPR, o principal entrave para que mais empresas ingressem na Bolsa está na série de requisitos exigidos. São normas e padrões que dizem respeito à estrutura societária, regras de compliance e elaboração das demonstrações contábeis. “O processo é extremamente custoso e limita o acesso para médias empresas”, entende o especialista. Mehanna sugere maior flexibilidade para que mais companhias debutem na B3. “O amadurecimento do mercado de capitais, com aumento do número de investidores pessoas físicas, pode impulsionar o movimento, dando mais liquidez”, opina.
Já para Carlos Azevedo Muller, diretor de Relações Institucionais da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais/Extremo Sul (Apimec-Sul), o aspecto cultural é o principal fator que barra o ingresso de companhias da região na Bolsa. “A empresa de capital aberto tem de aceitar novos sócios, abrir informações ao público e isso pode ser desconfortável para determinados empresários”, detalha Muller. Porém, o especialista crê que esse cenário tende a mudar. “O mercado de capitais permite que as empresas tenham acesso a novas fontes de recursos e melhorem sua governança, além de trazer liquidez aos sócios. Vejo que a percepção com relação a esses aspectos está melhorando. Com a melhora da economia, mais empresas se sentirão atraídas a abrirem seu capital”, prevê.
As empresas do Sul que mais | |||||
bateram o Ibovespa em 2019 | |||||
Pos. | Empresa | UF | Classe | Código | Meses |
1 | Copel | PR | PNB | CPLE6 | 10 |
2 | Sanepar | PR | PN | SAPR4 | 10 |
3 | Dimed | RS | ON | PNVL3 | 9 |
4 | Positivo Tecnologia | PR | ON | POSI3 | 9 |
5 | Weg | SC | ON | WEGE3 | 9 |
6 | Copel | PR | ON | CPLE3 | 8 |
7 | Engie Brasil | SC | ON | EGIE3 | 8 |
8 | Kepler Weber | RS | ON | KEPL3 | 8 |
9 | Rumo | PR | ON | RAIL3 | 8 |
10 | Sanepar | PR | UNT N2 | SAPR11 | 8 |
11 | Schulz | SC | PN | SHUL4 | 8 |
12 | Wetzel | SC | PN | MWET4 | 8 |
Veja mais notícias sobre Mercado de CapitaisParanáRio Grande do SulSanta Catarina.
Comentários: