Fusão entre BM&FBovespa e Cetip cria a B3
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto (na foto, à direita), anunciou nesta quinta-feira (30) a fusão da instituição com a Cetip para formar a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), que passa a ser a quinta maior bolsa de mercado de capitais e financeiro do mundo em valor de mercado, com patrimônio de US$ 13 bilhões. Pinto deve continuar no cargo até o próximo mês, quando será sucedido por Gilson Finkelsztain (na foto, à esquerda), atual presidente de Cetip e diretor executivo da integração.
A união empresarial foi aprovada na semana passada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Por enquanto não haverá mudança na dinâmica dos procedimentos de operação dos produtos e nem impacto sobre os investidores”, adianta Finkelstain. Também serão mantidos os nomes de alguns produtos já consolidados no mercado como o Ibovespa, que indica o desempenho médio das cotações das principais ações da Bovespa. Quem já acessa os serviços da companhia por meio do site, poderá continuar a utilizar o mesmo endereço que, automaticamente, remeterá o interessado às novas configurações da página para a B3.
O principal efeito da fusão para os clientes – bancos, corretoras e seguradoras –, e depois para os investidores, será uma redução de custo estimada em cerca de 30%. Pelos planos da nova empresa, a atual sede da BM&FBovespa, que tem cerca de 1,5 mil empregados, deverá agrupar as demais estruturas da Cetip, que conta com cerca de mil funcionários. A fusão não prevê o lançamento de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), mas a empresa espera uma redução de despesas que pode atingir R$ 100 milhões em três anos.
"Choque de capitalismo"
Segundo o presidente da BM&FBovespa, a nova companhia deve ampliar a atuação na América Latina com participações minoritárias, aumentando a musculatura de negócios. Pinto faz projeções otimistas em relação ao ambiente político e diz que as reformas propostas pelo governo podem favorecer o resgate da confiança empresarial e pode trazer de volta os investidores estrangeiros. “Acredito que vamos ter um choque de capitalismo nesses próximos anos”, avalia. Na opinião do executivo, as empresas deverão retomar a captação de recursos no mercado de ações para fomentar suas atividades, o que, segundo ele, pode ser favorável para o crescimento dos pequenos e médios negócios.
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