Dólar tem leve alta e fecha o dia cotado a R$ 3,74
O dólar fechou esta terça-feira (19) com uma leve alta de 0,11%, cotado a R$ 3,7443 na venda depois de oscilar com uma máxima de R$ 3,7855. A cotação desta terça-feira evitou uma atuação do Banco Central (BC), que anunciou ter reservado US$ 10 bilhões em swaps cambiais extraordinários (venda futura da moeda norte-americana) para conter a alta, se necessário, somente nesta semana.
O professor César Caselani, da Escola de Administração de Empresa de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que, caso o BC não tivesse usado o instrumento de swap cambial, o dólar já teria disparado com mais força. Ele considera a estratégia importante, mas afirmou que é um “movimento limitado”. “A entrada do BC tem um único objetivo de curtíssimo prazo, que é frear a disparada do dólar. Isso por si só não resolve todos os problemas econômicos e políticos que o Brasil tem”, declarou.
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subiu hoje 2,2%, com 71.394 pontos – revertendo a tendência de queda dos últimos dez dias. A alta do Ibovespa foi puxada pelos papéis das empresas de grande porte (blue chips), que subiram acentuadamente revertendo o cenário de queda dos últimos pregões. As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 6,28%, seguidas pelos papéis dos bancos Itaú, com elevação de 5,1%, e Bradesco, com 5,2%. Na abertura do pregão pela manhã, o índice registrava uma pequena baixa de 0,8%.
Swaps cambiais
Por meio das operações de swap cambial, o Banco Central vende dólares no mercado futuro, mas sem transferir o recurso de fato. Ao fim do contrato, o BC garante ao investidor o pagamento da variação do dólar no período e o investidor restitui a variação da taxa de juros no período. Se a taxa de juros for superior, o investidor embolsa os rendimentos. Se a moeda subir mais do que os juros no período, o BC ganha no primeiro momento mas troca de rendimentos com os investidores e sai perdendo. Esse contrato faz com que os investidores diminuam o apetite pela moeda norte-americana e o seu valor frente ao real seja reduzido no mercado de câmbio.
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