B3 fecha em queda de 2% com possível risco de segunda onda de coronavírus

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 2% nesta sexta-feira (12), aos 92.795 pontos. A B3 reflete a preocupação dos mercados globais de quinta-feira (11). Os agentes econômicos ao redor do mundo temem uma segunda onda de contágio do coronavírus, em razão do aumento de exames positivos para a doença nos Estados Unidos, onde muitos estados e cidades afrouxaram as regras de isolamento social e começaram a reabrir o comércio.

Ontem, Wall Street registrou a pior sessão em quase três meses. Pesaram as incertezas sobre a economia dos Estados Unidos, depois que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) ter projetado que o PIB deve recuar 6,5% neste ano. Nesta sexta-feira, porém, as bolsas europeias e norte-americanas operam em alta.

Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, lembra que após o discurso de presidente do Fed, Jerome Powell, onde ele se mostrou preocupado com a segunda onda da Covid-19, os investidores também ficaram amedrontados. "Porém, ontem o secretário do Tesouro do governo norte-americano [Steven Mnuchin] disse que os Estados Unidos não vão voltar a fechar as economias mesmo com a segunda onda e estão preparando um novo pacote de incentivos econômicos. Isso animou muito a bolsa por lá. Mas o que acontece é que o mercado brasileiro abriu precificando o dia de ontem, ou seja, depois da abertura a gente está vendo o mercado começando a se ajustar ao cenário de hoje, ainda que lentamente", explica Laatus.

O dólar chegou a bater R$ 5,11 na abertura de hoje. Às 11h01, a moeda norte-americana era vendida a R$ 5,0114, em alta de 1,5%. No final do pregão, o dólar fechou valendo R$ 5,0411 (+2,1%). Na quarta-feira (10), o dólar fechou a R$ 4,9334, com leve avanço de 0,9%.