O legado de Adelino Colombo, fundador da Lojas Colombo

A rede fundiu-se com a biografia do empresário
Adelino sempre atribuiu ao relacionamento próximo com os funcionários o principal marco de sua trajetória de sucesso e empreendedorismo

Adelino Colombo, fundador e presidente do Conselho Administrativo da Lojas Colombo, faleceu na sexta-feira (15), aos 90 anos. Ele estava internado no Hospital São Francisco, no complexo da Santa Casa, em Porto Alegre. A causa da morte foi por falência múltipla dos órgãos.

Adelino deixa a esposa, Ruth Colombo, quatro filhos, dez netos e dois bisnetos. Nascido em Nova Milano, em 1930, guiado pela intuição e pelo talento para os negócios, fundou a Lojas Colombo há 61 anos, na cidade de Farroupilha (RS). Hoje, a maior rede de eletromóveis da região Sul, com 305 lojas e mais de 4 mil funcionários.

Seu Adelino, como era carinhosamente chamado, trabalhou até seus últimos dias, comparecendo a compromissos, como presidente do Conselho Administrativo da empresa. No cargo de vice-presidente, está o seu neto, Eduardo Colombo, que foi preparado pelo avô desde criança para liderar.

A Lojas Colombo fundiu-se com a biografia de Adelino, que, na vida privada gostava de pescar, caçar, viajar e dos almoços de domingo, quando reunia a família. No início de sua jornada, Adelino ia de porta em porta para vender televisores, uma novidade para as famílias, que ficavam com o aparelho por uns dias para testá-los. Participou ativamente de entidades associativas e do Rotary Internacional.

"Como a maioria das empresas brasileiras, a Colombo nasceu do nada, sem pesquisa, sem capital e sem muita experiência", contou o fundador da empresa em uma reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) em 2013.

Adelino sempre atribuiu ao relacionamento próximo com colaboradores o principal marco de sua trajetória de sucesso e empreendedorismo. Quando questionado sobre seu legado, certa vez, declarou: "Cresceu na vida através do próprio esforço, cumpriu todos os seus compromissos e respeitou as pessoas".

Em dezembro de 2020, Adelino esteve entre os homenageados do Reencontro da História, em alusão aos 55 anos da CDL Caxias do Sul. Os ex-presidentes que conviveram com o empresário são unânimes ao lembrar dele. De acordo com os relatos dos colegas, Adelino sempre foi um homem simples, que com sua força de vontade, dedicação e determinação tornou-se um dos maiores empresários do Rio Grande do Sul. Os dirigentes destacaram que o espírito empreendedor e sua forma de liderança são exemplos a serem seguidos.

A marca do empresário permanece muito viva na entidade, já que o seu neto e sucessor na direção do grupo Colombo, Eduardo Colombo, é o primeiro vice-presidente da CDL Caxias. "Falar de Adelino Colombo é contar uma história linda, cativante, emocionante, instigante e sempre muito inspiradora. E é exatamente assim que vamos honrar sua herança: aprendendo diariamente e buscando fazer sempre melhor", escreveu Eduardo em nota.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) lamentou a morte do empresário. "Sempre que se falar em empreendedorismo, devemos lembrar da história de Adelino Colombo. Ele é um exemplo para todos nós. Transformou um sonho numa rede de lojas. E nunca abandonou seus princípios de cidadão e de valorização da família. Foi um líder, que dignifica o empresariado gaúcho. E fica na nossa memória como um símbolo da livre iniciativa e das grandes oportunidades de crescimento econômico que existem quando se valoriza os empreendedores", declarou Gilberto  Petry, presidente da Fiergs, em nota. 

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Quinta, 25 Abril 2024

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