Trecho da Malha Sul terá R$ 10 bilhões de investimento privado

O contrato atual de concessão da Malha Sul possui 30 anos
Comitiva do Ministério da Infraestrutura esteve na Fiergs

O secretário nacional de Transporte Terrestre do Ministério da Infraestrutura, Marcello Costa, afirmou nessa quarta-feira (8), em reunião-almoço com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), que até o final de 2022 ou início de 2023 um novo operador ou a renovação antecipada estará aprovado para a Rumo Malha Sul.

O trecho ferroviário atravessa Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo e possui uma extensão total de 7.223 quilômetros, com um investimento total de R$ 10 bilhões, todo da iniciativa privada. "O projeto que o governo federal vem implementando para o país prevê uma grande transformação no modal ferroviário. O papel do governo não é investir, é regular o setor", garantiu Costa.

O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, observou que a indústria gaúcha acompanha com expectativa a modernização brasileira, que possibilite avançar na área logística. O presidente citou a concessão da hidrovia da Lagoa Mirim à iniciativa privada, o projeto do porto em Arroio do Sal e o Programa de Estímulo ao Transporte de Cabotagem como notícias de grande relevância ao setor industrial. "Nas ferrovias, também observamos com atenção as iniciativas do Ministério da Infraestrutura e o programa Pro Trilhos, com previsão inicial de R$ 100 bilhões em investimentos privados neste modal", ressaltou, reiterando a crença da entidade no desenvolvimento do Brasil tendo como base o desempenho do setor produtivo apoiado por uma infraestrutura moderna e logística adequada à competitividade mundial.

O contrato atual de concessão da Malha Sul possui 30 anos de duração e teve início em 1º de março de 1997. Uma cláusula prevê que o mesmo poderá ser prorrogado uma vez por até 30 anos. Marcello Costa observou que 61% de tudo que é transportado no Brasil é feito por via rodoviária, mas que este modal não será abandonado. "Mas no meio deste caminho há a ferrovia e a cabotagem que precisam ser destravadas", comentou. O secretário lembrou que o Brasil possui apenas 29 mil quilômetros de malha ferroviária, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, são 280 mil quilômetros.

O senador Luis Carlos Heinze disse que a antecipação da renovação da concessão da Malha Sul, que vai até 2027, interessa ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, melhorando o investimento em ferrovias. Ele chamou a atenção para as vantagens econômicas do transporte ferroviário e para o fato de o Rio Grande do Sul ter 3 mil quilômetros de ferrovias, sendo 1,5 mil desativados.

Além do secretário Marcello Costa, a comitiva do Ministério da Infraestrutura contou ainda com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diego Piloni; a diretora de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, Karoline Lemos; e o superintendente regionaldo DNIT, Hiratan Pinheiro. Pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, os secretários de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, e adjunto de Meio Ambiente e Infraestrutura, Guilherme de Souza. O diretor de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, representou o presidente Carlos Valter Martins Pedro.

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