Vendas de máquinas agrícolas recuam 11,6% até abril

Preços das commodities e até questões climáticas têm contribuído para esse encolhimento pontual do mercado
As vendas de maquinário agrícola no varejo foram de 14.615 unidades entre janeiro e abril, retração de 11,6%

O ano não começou de forma positiva para o setor de máquinas agrícolas. Os primeiros quatro meses e 2024 foram marcados por retração nas vendas internas e externas. As vendas no varejo foram de 14.615 unidades, retração de 11,6%. Já as exportações somaram 2.077 unidades, queda de 34,9%. Fatores com os preços das commodities, falta de financiamento e até questões climáticas têm contribuído para esse encolhimento pontual do mercado, sobretudo para as colheitadeiras, que têm valor agregado maior que os tratores de rodas.

O setor de máquinas rodoviárias, no entanto, vive outra realidade. O primeiro quadrimestre fechou com volume de 10.834 unidades vendidas no atacado, uma elevação de 12,8% sobre os negócios fechados no primeiro terço do ano passado. As vendas no atacado refletem as primeiras duas fases do PAC e algumas licitações públicas realizadas no início do ano, além dos reflexos iniciais dos negócios fechados na feira M&T Expo, realizada em São Paulo, em abril. O balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também apurou as exportações de máquinas rodoviárias, que incluem tratores de esteira, retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, rolos compactadores, minicarregadeiras e manipuladores telescópicos. O volume de 4.359 unidades exportadas no quadrimestre foi 13,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.

Além dos números do quadrimestre, o presidente da associação, Márcio de Lima Leite, falou da importância de impulsionar as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil. "Os produtos apresentados nas recentes feiras Agrishow e M&T Expo possuem alto nível de tecnologia embarcada, que se revertem em aumento de produtividade para todos os tipos de clientes, dos mais familiares aos grandes grupos agrícolas e de construção. Daí a necessidade de mais recursos para as linhas já existentes de financiamento do BNDES", declarou. Outro ponto tratado como urgente é recuperar os volumes das exportações, por meio de uma política consistente de incentivo, com maior inserção na cadeia global, mais acordos comerciais e redução de entraves, tornando nossos produtos mais competitivos. "Se de um lado as autoridades devem estar atentas a promover nossos produtos de alta tecnologia no exterior, por outro devem estar alertas a empresas que chegam ao país apenas para disputar licitações públicas, com baixo conteúdo nacional, sem garantias e sem rede assistencial estabelecida", concluiu Leite.

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Domingo, 16 Junho 2024

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