Polo moveleiro de Bento Gonçalves tem avanço tímido no ano

Indústrias da região enfrentaram adversidades como inflação e queda nas vendas
O Sindmóveis acredita que é possível um crescimento real para o polo moveleiro de Bento Gonçalves no próximo ano

O polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS), constituído também pelos municípios de Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza, sentiu o impacto das adversidades econômicas ao longo de 2023. Com um ano marcado por inflação, retração no varejo e no poder de compra, além da instabilidade causada pelas guerras internacionais, as indústrias da região vivenciaram diversos momentos de oscilação no faturamento e nas exportações. Ainda assim, chegam ao final de 2023 com saldo de empregos positivo e expectativa de que os próximos 12 meses tragam um novo fôlego ao setor.

De janeiro a outubro, as 300 empresas moveleiras da região passaram por oscilações de faturamento conforme períodos e demandas do mercado. O Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) consultou dados recentes e históricos disponibilizados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) e estipula que o faturamento total de 2023 poderá ser bastante próximo ao de 2022, que foi de R$ 3,1 bilhões. As exportações, que vinham registrando quedas constantes, tiveram um revés neste final de ano e têm potencial de crescer cerca de 2% em comparação a 2022, atingindo a casa dos US$ 55,5 milhões. Os principais importadores dos móveis produzidos no polo de Bento Gonçalves, em volume monetário, são Uruguai, Estados Unidos e Chile. Juntos, esses três países representam 52,9% do total exportado pelas indústrias da região. A geração de empregos foi tímida, mas positiva. O relatório mais atual do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, no total, as indústrias da região contam com quase 6.560 vagas de trabalho ocupadas (eram 6.530 em 2022).

O Sindmóveis acredita que é possível um crescimento real para o polo moveleiro de Bento Gonçalves em 2024. Essa retomada traria impacto positivo para a produção e para a geração de empregos. A reedição de programas habitacionais pelo governo federal pode fortalecer o segmento da construção civil, o que gera impacto positivo no segmento de móveis de menor valor agregado. Associado à demanda mais constante do segmento de maior renda, pode gerar condições propícias para o setor moveleiro se fortalecer.


Veja mais notícias sobre IndústriaEconomiaRio Grande do Sul.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 03 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/