Fiergs aponta fatores que oneram as indústrias gaúchas

PIB cresceu 30% entre 2003 e 2017, revela "Custo RS"

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) identificou os 30 maiores entraves que prejudicam a competitividade do setor industrial gaúcho, divididos nas áreas de relações do trabalho, tributação, infraestrutura , energia, comércio exterior e meio ambiente. O estudo será lançado em um documento intitulado "Custo RS".

O levantamento mostra que, no período 2015-2019, o governo estadual investiu por ano, em média, apenas 2,8% da receita corrente líquida, o pior resultado do país. Já entre 2003 e 2017, o PIB gaúcho cresceu 30%, desempenho somente melhor que o observado no Rio de Janeiro (23%). No capítulo sobre impostos, a entidade identificou que o Rio Grande do Sul tem uma das maiores cargas tributárias sobre etanol, gasolina e diesel, o que faz o estado obter a terceira colocação entre os combustíveis mais caros do Brasil.

No documento de 17 páginas que o Portal AMANHÃ teve acesso, a Fiergs diz ainda que a distância dos polos consumidores e dos portos encarece as mercadorias produzidas em solo gaúcho. O terminal mais próximo de Bento Gonçalves é Imbituba (SC), que fica 420 quilômetros do importante polo moveleiro do estado. "Esses gargalos compõem o que denominamos de Custo RS e tornam o Rio Grande do Sul menos atraente do que outros Estados para empresas investirem e produzirem", declara Gilberto Petry, presidente da Fiergs. 

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