Empresários do Sul seguem pessimistas em dezembro
A confiança da indústria caiu em 19 dos 29 setores industriais, três regiões do Brasil e em todos os portes de empresa industrial na passagem de novembro para dezembro. Os dados são do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – resultados setoriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foram consultadas 2.033 empresas, sendo 803 de pequeno porte, 737 de médio porte e 493 de grande porte, entre 1º e 12 de dezembro.
A confiança do setor industrial recuou nas regiões Sudeste, Norte e Sul do Brasil e se manteve inalterada nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. O índice de confiança da região Sudeste recuou de 51,3 pontos, em novembro, para 49 pontos, em dezembro, atravessando a linha divisória dos 50 pontos e, portanto, demonstrando a transição de um estado de confiança para um estado de falta de confiança. Além do Sudeste, empresários da região Sul também demonstram falta de confiança. Desde novembro empresários do Sul já mostravam falta de confiança.
De acordo com o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a avaliação negativa dos empresários acerca da economia brasileira afetou a confiança em dezembro. "A maioria dos setores segue avaliando positivamente o estado atual e futuro das próprias empresas, mas a maioria avalia negativamente o estado atual e futuro da economia brasileira. O ICEI é a média ponderada desses dois componentes. Por isso, 18 setores seguem confiantes e 11 setores encerram o ano pessimistas, principalmente em relação a economia", explica o economista.
Quatro setores fizeram a transição de um estado de confiança para falta de confiança. São eles: Químicos, Biocombustíveis, Produtos têxteis e Vestuário e acessórios. Um setor fez a transição oposta, de falta de confiança para confiança, Móveis. O ICEI é um índice que varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança. "Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança", diz Marcelo Azevedo. Acompanhe na tabela abaixo os setores mais e menos confiantes.
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