"Gêmea digital" é caminho para cidades aprenderem e se prepararem para o futuro

Premiada futurista Cecília Tham abriu o Smart City Expo Curitiba alertando sobre a urgência de entender e regulamentar o metaverso e todo seu potencial
Cecília cita exemplos como Coreia do Sul, Dubai e Finlândia, que já usam a tecnologia como forma de estudo do futuro estruturas urbanas

Ignorar o metaverso é se conformar e aceitar o ambiente que alguém vai preparar para você.A segunda – e melhor opção – defende a CEO e co-fundadora da Futurity Sysems, Cecília Tham, é entrar nesse mundo de maneira proativa, estudar e se preparar para o futuro criando a sua melhor versão virtual. "O metaverso está na sua infância, mas está se desenvolvendo na velocidade da luz e não podemos ignorar isso. Só atuando de maneira proativa será possível criar um 'betterverso' que faça sentido para cada um", diz a futurista que fez a palestra de abertura do Smart City Expo Curitiba, versão brasileira do maior evento brasileiro de cidades inteligente do mundo que acontece em Curitiba até sexta-feira (24).

Cecília reforçou a urgência em aprender e regulamentar o metaverso. A proposta da futurista é que as cidades usem a tecnologia como uma ferramenta de aprendizagem e discussão do futuro, com a participação da população. Ela sugere a criação de "gêmeas digitais", começando por pequenas regiões da cidade e entendendo seu comportamento e suas possibilidades. "Elas trazem transparência e desempenham um papel importante na modelagem da cidade e previsão do seu futuro", crê. Cecília cita exemplos como Coreia do Sul, Dubai e Finlândia, que já usam a tecnologia como forma de estudo do futuro estruturas urbanas. "Para avançarmos, precisamos da união de forças, para que uns aprendam com os outros. É fundamental também a participação dos cidadãos nessa construção", diz. Em um país como o Brasil, essa cooperação é ainda mais importante, bem como a participação da iniciativa privada no financiamento das soluções. "É preciso começar, tentar e aprender rápido. Curitiba já tem essa cultura da inovação e, por isso, pode ter um papel protagonista nesse cenário. Parece assustador se não nos prepararmos para tudo isso. Mas precisamos começar para ir longe usando o metaverso e a realidade aumentada."

Iniciativas neste sentido estão sendo apresentadas no pavilhão de exposições do Smart City Expo Curitiba. A prefeitura de Curitiba usa a realidade virtual para promover um voo digital de balão sobre o Bairro Novo do Caximba, área da capital que está recebendo a maior intervenção socioambiental em execução no país. Em uma viagem de cinco minutos, os visitantes poderão visitar o futuro da região até então degradada. Também é possível conhecer durante o evento a modelagem digital do Mercado Público da cidade de São Paulo e um "gêmeo digital" do bairro de Jurerê, em Florianópolis (SC). Cecília alerta, no entanto, sobre a urgência em regulamentar o metaverso, minimizando os riscos atrelados ao universo digital. "Estamos falando de um ambiente volátil, onde ainda é muito difícil operar de forma segura. Os governos precisam estar envolvidos nessa evolução, regulando as atividades no metaverso, como finanças descentralizadas, segurança, identidade digital e proteção de dados", sugere.

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Segunda, 06 Mai 2024

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