Empresários são agentes de transformação
O papel dos empresários na construção de um legado e de um futuro para a sociedade foi um dos pontos destacados pelos convidados do debate que antecedeu a cerimônia de premiação das 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul na terça-feira (7) em Porto Alegre. Na ocasião, AMANHÃ e PwC Brasil também anunciaram o ranking de 500 MAIORES DO SUL na íntegra (confira aqui o ranking completo de 500 MAIORES DO SUL e das 500 emergentes, assim como das 100 maiores do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul).
Port ressaltou o diferencial das cooperativas de crédito que valorizam o comércio local, especialmente no interior dos estados. "Quando o país não cresce, o interior cresce mais, especialmente mais que as capitais e regiões metropolitanas. Daí a importância da descentralização do Sicredi que fortalece a economia das regiões onde atua", pontuou. Neco concordou, ao destacar uma estatística revelada por 500 MAIORES DO SUL: nada menos que 70% das empresas gaúchas no ranking das emergentes têm sede fora dos grandes centros. Ele fez questão de ressaltar a cadeia do turismo comparando-a com uma "indústria sem chaminé". "Uma das molas propulsoras do PIB italiano é o turismo. Temos muito potencial de desenvolver esse movimento na Serra Gaúcha, a exemplo do que fizeram Gramado, Canela e também Bento Gonçalves", recordou. Ele também disse que o Rio Grande do Sul pode voltar a ser protagonista no cenário nacional recuperando principalmente a capacitação logística.
Lacerda, da CMPC, demonstrou como uma empresa pode desenvolver várias regiões. Desde que se estabeleceu no Brasil em 2009, a multinacional chilena aportou R$ 40 bilhões no país, sendo R$ 25 bilhões no Rio Grande do Sul. Mais recentemente, a empresa também anunciou um investimento de R$ 27 bilhões em uma fábrica em Barra do Ribeiro (RS), o maior aporte privado da história do estado. A companhia também promove iniciativas na área social, como o início das obras do novo centro multiuso, o Instituto CMPC, que atenderá 300 crianças em Guaíba. "Não são apenas fábricas, pois temos de olhar o entorno da sociedade e quem pode deixar um verdadeiro legado somos nós, empresários. Devemos estar à frente de iniciativas de desenvolvimento sendo agentes de transformação. Muito mais que um legado, nossa missão é transformar a sociedade", sugeriu. Ele também destacou que o Rio Grande do Sul oferece as melhores condições de competitividade para a fabricação de celulose, pois a madeira é mais barata em razão do regime de chuvas que é mais estável que em outras regiões do Brasil onde, por vezes, a seca se prolonga por quase um semestre.
Ao tratar sobre o futuro, Neco fez questão de jogar luz nas potencialidades do Brasil no campo da energia nas décadas seguintes. "Há mais de 30 anos falo que a mudança da matriz energética passa pelo etanol. Temos como fazer etanol de cana e de milho, por exemplo, além de contarmos com uma população enorme. Vamos continuar surfando essa onda por um bom tempo ainda. Costumam dizer que o Brasil é um país que não deu certo, mas, na minha visão, o Brasil já deu certo", opinou. Port destacou que, diferentemente dos bancos digitais, as cooperativas de crédito, pela sua proximidade com as localidades onde atuam, podem desenvolver um trabalho social sólido. "O Sicredi é muito mais que vender produtos ou serviços, como seguros ou cartão. Importa é o impacto que geramos nas comunidades, por isso é vital ter essa preocupação social. Podemos transformar o Rio Grande do Sul desde que percebamos nosso papel como condutores da economia", aconselhou.
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