Conte com os algoritmos para gerir riscos

Os profissionais responsáveis por gestão de riscos passam por um momento desafiador. Na era da transformação digital, suas organizações estão cada vez mais complexas, gerando e utilizando mais dados e automatizando processos. Ao mesmo tempo, estão ma...
Conte com os algoritmos para gerir riscos

Os profissionais responsáveis por gestão de riscos passam por um momento desafiador. Na era da transformação digital, suas organizações estão cada vez mais complexas, gerando e utilizando mais dados e automatizando processos. Ao mesmo tempo, estão mais expostas a ataques cibernéticos, o que resulta num gerenciamento de expectativas cada vez mais elevado por parte dos clientes. Apesar de não serem necessariamente novos esses riscos, os executivos e conselheiros precisam estar seguros de que estes sejam conhecidos e administrados.

Há ferramentas, entretanto, que apontam caminhos para o acesso a decisões mais inteligentes. Uma pesquisa global da PwC, Estudo sobre a Prática Profissional da Auditoria Interna 2019, realizado junto a mais de 2 mil conselheiros, CEOs e auditores em 99 países, identificou seis características das áreas de gestão de riscos capazes de proporcionar este impulsionamento. Primeiramente, é necessário que CEOs participem de forma integrada do processo, desenvolvendo um plano digital para a área de gestão de riscos apoiado no estabelecimento de normas de governança digital. Igualmente, o upskilling dos atuais empregados, averiguando suas qualificações, e a captação de novos talentos a fim de acompanhar o ritmo e disseminar a cultura na empresa.

Outro ponto essencial é buscar encontrar a forma certa de utilizar as tecnologias emergentes de modo a identificar nos fluxos atuais as atividades mais apropriadas para automação e incentivo aos pensamentos disruptivos. Por isso, engajar proativamente os tomadores de decisão lhes dá condições de exercerem sua função de gestão de riscos, mantendo-os, para tanto, próximos do conselho e da alta administração, bem como participantes desde o início de projetos e iniciativas digitais. Por consequência, capacitar a organização a responder aos riscos em tempo real, apoiado no estabelecimento de uma governança de dados única, dá a todos a real importância da velocidade que seus danosos efeitos podem atingir. 

Por fim, a importância da colaboração e do alinhamento de todos a fim de proporcionar uma visão consolidada dos riscos. A criação de uma arquitetura de gerenciamento, considerando dados, integração, aplicação e camadas de visualização, põe, certamente, a empresa numa posição muito menos vulnerável a situações não esperadas. Os estudos comprovam que organizações que já conseguiram inserir a função de gestão de riscos em sua estratégia aumentam as chances de sucesso sustentável nesta era de transformação digital, contribuindo, assim, consideravelmente para a confiança de seus diversos públicos.

*Diretor da PwC Brasil e especialista na área de gestão de riscos.

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Quarta, 11 Dezembro 2024

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