Por um sono revigorante – e personalizado
Má postura e esforço repetitivo, duas das chamadas doenças provocadas por fatores de riscos ergonômicos, estão entre os principais responsáveis por afastamentos do trabalho. Portanto, não é por acaso que os problemas, como os da coluna, compõem a lista dos males dos séculos 20 e 21. Atento ao problemático estilo de vida contemporâneo, Filipe Costa (foto) resolveu aprimorar o negócio familiar de colchões que funcionava desde 1988. Antes apenas uma revendedora, a empresa se tornou uma fábrica de colchões personalizados no final dos anos 2000. Assim surgiu a Colchão Inteligente que hoje conta com duas fábricas – uma em Campo Bom (RS) e outra na Argentina, inaugurada em dezembro passado. Agora a companhia se prepara para abrir a terceira unidade nos Estados Unidos, cuja operação deve iniciar em junho deste ano.
Mesmo que o colchão personalizado exija um investimento alto (aproximadamente R$ 4,5 mil), a procura da população mundial por saúde e melhor qualidade de vida tem impulsionado os negócios da empresa, cujo faturamento foi R$ 8 milhões no ano passado, o dobro de 2014. Somente no ano passado, 28 franquias foram abertas. Elas estão presentes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, além do Uruguai. O plano, revela Costa, é alcançar mais estados brasileiros e fortalecer a presença nos atuais, dobrando novamente a receita no mercado doméstico. Para se preparar para este crescimento de vendas, a fábrica gaúcha teve sua capacidade triplicada no inicio deste ano. Mas a intenção é construir outras unidades pelo país e no exterior. Afinal, como cada produto é feito sob demanda, levando em conta medidas do corpo de cada cliente, a empresa não tem uma linha de produção e estoques, o que encarece o processo de logística.
A Colchão Inteligente estuda a construção de uma fábrica na Bahia, Portugal ou Emirados Árabes. A chegada aos Estados Unidos, que exigiu um investimento de R$ 1 milhão, é apenas o ponto de partida para o salto internacional, garante Costa. “O mercado de lá é exigente e está investindo em qualidade de vida. Acreditamos que temos um produto que atenda a esses requisitos. Sem contar que é um país importante e estratégico para expandir a empresa para outros países”, complementa Costa que dirige a Colchão Inteligente com mais dois irmãos. Com a planta norte-americana, o faturamento total deve saltar para R$ 25 milhões ainda neste ano, sendo R$ 10 milhões referentes ao mercado internacional. No entanto, Costa acredita que, em dois anos, a receita vinda do exterior deva ultrapassar a doméstica. “Mais de cinco países estão querendo negociar com a gente”, confidencia Costa.
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