Lucro da Copel sobe 20% no ano
O ano de 2024, o primeiro em que a Copel operou inteiramente como uma corporação, trouxe resultados alvissareiros. A receita operacional líquida totalizou R$ 22,6 bilhões, aumento de 5,5% em relação aos R$ 21,4 bilhões registrados em 2023. Já o lucro líquido avançou 20,3%, para R$ 2,7 bilhões (veja alguns dos principais destaques do quarto trimestre e do ano na tabela ao final desta reportagem). O ano também foi marcado pela renovação das concessões das três maiores usinas da companhia: a Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias. A outorga é válida por 30 anos. "Esse feito assegura a operação de 64% da nossa atual capacidade instalada até 2054", conta Daniel Slaviero, CEO da empresa paranaense, no relatório trimestral.
Juntas, as três usinas têm capacidade instalada total de 4.176 megawatts. A maior delas, a Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, conhecida como Foz da Areia, tem capacidade de 1.676 megawatts. A Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga, conhecida como Segredo, tem capacidade para 1.260 MW e a Usina Hidrelétrica Governador José Richa, conhecida como Salto Caxias, tem uma capacidade de 1.240 MW. Com as renovações, as capacidades das hidrelétricas poderão ser ampliadas em leilões de capacidades que serão promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foz de Areia, por exemplo, poderá chegar a 2.536 MW. Já para a usina de Segredo, existem estudos para que ela possa praticamente dobrar de capacidade, chegando a 2.526 MW.
A Copel também realizou desinvestimentos estratégicos. A empresa alienou a Compagas, com equity value de R$ 906 milhões, e a UEGA, com R$ 290,7 milhões, às quais veio se somar a venda de ativos inservíveis às concessões da Copel Geração e Transmissão, totalizando R$ 286 milhões. A empresa também realizou um swap de ativos que envolveu a consolidação da transmissora Mata de Santa Genebra e a UHE Mauá, que passaram a ser 100% da Copel Geração e Transmissão. De outro lado, ocorreu a cessão da UHE Colíder à Eletrobrás. A operação traz sinergia pela simplificação da estrutura operacional e administrativa, até então compartilhada, bem como permitirá à Copel compensar, imediatamente após o fechamento do negócio, aproximadamente R$ 170 milhões de prejuízos fiscais contabilizados referentes ao impairment [redutor utilizado para ajustar o valor contábil de um ativo que tenha passado, por alguma razão, por depreciação] de Colíder. A Copel vendeu ainda 13 ativos de pequeno porte, totalizando R$ 450,5 milhões. No início de 2025 também vendeu 30% de participação que tinha na usina Baixo Iguaçu por R$ 570 milhões.
"Realizamos em 2024 investimentos históricos na Copel Distribuição, totalizando R$ 2,2 bilhões para modernização, ampliação e automação da infraestrutura elétrica em nossa área de concessão, no estado do Paraná, e alcançamos uma eficiência Ebitda superior em 40% ao previsto em termos regulatórios, o que resultou em um valor ajustado histórico de R$ 2,5 bilhões", conta Slaviero na mensagem dirigida aos acionistas da companhia. A Copel é a quinta maior empresa da região e também a maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil (veja o ranking completo aqui e o anuário digital completo clicando neste link).
Veja mais notícias sobre EmpresaNegócios do SulParaná.
Comentários: