Gerdau apresenta melhor lucro líquido da última década

A Gerdau concluiu o exercício de 2018 com lucro líquido [ajustado pelos eventos extraordinários] de R$ 2,5 bilhões, o melhor resultado da última década. A companhia também comemora o seu indicador de vendas: a receita líquida somou R$ 46,2 bilhões no...
Gerdau apresenta melhor lucro líquido da última década

A Gerdau concluiu o exercício de 2018 com lucro líquido [ajustado pelos eventos extraordinários] de R$ 2,5 bilhões, o melhor resultado da última década. A companhia também comemora o seu indicador de vendas: a receita líquida somou R$ 46,2 bilhões no ano passado, 25% a mais sobre 2017. O valor foi impulsionado pelo maior volume de vendas no Brasil, melhora da rentabilidade das exportações e efeito positivo do câmbio na conversão das receitas geradas no exterior para real. As vendas físicas de aço foram de 14,6 milhões de toneladas no ano, apresentando 3% de redução, devido à venda de algumas unidades produtoras de vergalhões e fio-máquina nos Estados Unidos, assim como das operações no Chile e na Índia. O quarto trimestre do ano, mesmo com a redução dos preços internacionais do aço, também foi o melhor dos últimos dez anos na comparação com os mesmos períodos de anos anteriores.  A receita líquida de vendas evoluiu 11%, chegando a R$ 10,9 bilhões (veja mais detalhes referentes ao período de outubro a dezembro na tabela ao final desta reportagem). 

Os números vistosos têm muito a ver com a estratégia traçada pela companhia nos últimos quatro anos. A Gerdau vendeu seus ativos menos rentáveis, iniciativa que trouxe para o caixa nada menos que R$ 7 bilhões e, de quebra, reduziu de forma expressiva o endividamento. A relação dívida líquida/Ebtida, por exemplo, era de 3 vezes em dezembro de 2017. Um ano depois, esse índice caiu praticamente pela metade (1,7). O Conselho de Administração, no entanto, resolveu aperfeiçoar ainda mais essa diretriz. A partir de agora, a nova política financeira da Gerdau terá de seguir três parâmetros: a dívida bruta máxima não poderá passar de R$ 12 bilhões, o prazo médio de seis anos e a relação dívida líquida/Ebitda não poderá ser maior que 1,5. “Até o momento, vemos perspectivas otimistas para nossos principais mercados de atuação, que poderão gerar resultados consistentes em 2019. Frente a isso, vamos investir R$ 7,1 bilhões nos próximos três anos, valor que poderá ser ajustado de acordo com a evolução de mercado”, anunciou Gustavo Werneck, diretor-presidente da Gerdau, em coletiva para a imprensa na manhã desta quinta-feira (21). 

Desse total, R$ 2,4 bilhões serão aportados em expansão e atualização tecnológica e o restante em manutenção geral das usinas. Os principais destaques de expansão são o aumento da capacidade instalada de laminados de 530 mil toneladas em diversas usinas na América do Norte (R$ 456 milhões), a ampliação da capacidade de produção de aços especiais em Pindamonhangaba (SP) e Monroe (EUA) no total de R$ 798 milhões e o incremento da produção de bobinas a quente em Ouro Branco (MG) em 230 mil toneladas (R$ 380 milhões). Também serão realizados investimentos na área de mineração, buscando as melhores tecnologias existentes no mundo em meio ambiente e segurança operacional.  A companhia também informou que investirá R$ 300 milhões até 2021 para transformar a barragem de rejeitos de minério de ferro de Ouro Preto (MG) – que é a montante, mesma disposição dos empreendimentos da Vale em Brumadinho e Mariana – em empilhamento a seco. A Barragem dos Alemães, como é conhecida, produz minério de ferro para atender a usina de Ouro Branco, a maior do grupo. 

A maior empresa da região, segundo o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ com apoio técnico da PwC, afirma estar preparada para o crescimento da demanda de aço no Brasil e na América do Norte, os dois principais mercados da Gerdau. “A demanda global de aço deve ter um aumento de 1,4% neste ano, puxada pelos países desenvolvidos e melhora das economias emergentes”, prevê Werneck. Para dar conta do novo cenário, o CEO apresentou vários estudos, dentre eles o do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). De acordo com a entidade, caso o PIB nacional alcance o patamar de 2,5%, a indústria da construção civil avançará 12%. “Nossas fábricas do Ceará ao Rio Grande do Sul estão preparadas para atender a demanda, porém sabemos que o país tem de dar conta de sua crise fiscal. Por essa razão, apoiamos a Reforma da Previdência e estamos confiantes que ela seja aprovada”, declarou Werneck. 

Informações selecionadas

4º Tri 18

4º Tri 17

Var. (%)

3º Tri 18

Var. ( %)

Vendas 
(Mil Toneladas)

3.167

3.774

(16,1)

3.688

(14,1)

Receita Líquida
(R$ Milhões)

10.900

9.817

11

12.836

(15,1)

Margem Ebitda ajustada  (%)

12,9

12,0

 -

15,7

Lucro bruto
(R$ Milhões)

1.304

1.040

25,4

1.862

(30,4)

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Sexta, 26 Abril 2024

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