Fábrica da Lactalis no Sul produzirá UHT em garrafas
O Grupo Lactalis deu início, neste mês de fevereiro, à fabricação de leite UHT das marcas Parmalat e Elegê envasado em garrafas. Os produtos sairão da nova linha da unidade de Teutônia, no Rio Grande do Sul, cuja inauguração ocorreu na manhã desta quarta-feira (28) com a presença de autoridades e do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Tendência no mercado europeu, as embalagens representam apenas 2,2% do volume de leite comercializado no Brasil. Em seu pronunciamento, o governador destacou que o projeto consolidado hoje é resultado de uma parceria iniciada no começo de sua gestão. "O amanhã depende do que estivermos realizando hoje", frisou, elogiando a iniciativa da Lactalis e lembrando que mais empresas precisam seguir esse exemplo e investir no Rio Grande do Sul.
O CEO da empresa para o Brasil, André Salles, apresentou as características do investimento e reforçou que a Lactalis produz praticamente toda a gama de produtos lácteos no Rio Grande do Sul. “O estado é muito estratégico para a gente. Fabricamos 900 milhões de litros de leite ao ano e exportamos 80% do volume que compramos dos produtores. Hoje, realizamos um sonho que estamos gestando há muito tempo. A Lactalis se preocupa em assegurar um produto de qualidade, de marcas fortes com preços acessíveis aos consumidores”, declarou.
A novidade serve para envasar a fabricação de leite das marcas Parmalat e Elegê. Conforme a Lactalis, as garrafas Multiprotect apresentam barreiras de revestimento que evitam o contato do leite com o ambiente externo, ajudando a mantê-lo fresco por mais tempo. A embalagem tem também alta resistência, fácil acondicionamento e manuseio simples, evitando perdas e respingos. Conforme a empresa, na França, o leite em garrafa PET representa 43% do mercado e 75% das vendas da Lactalis. No Reino Unido, a embalagem lidera 75% das vendas. “Essa é uma tendência que chega ao Brasil como fruto do amadurecimento do mercado de lácteos. O leite em garrafas agrega um novo conceito de praticidade e conveniência ao consumidor”, afirmou o diretor de comunicação da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella.
As novas linhas de produção de manteigas premium são um segmento que apresenta crescimento no mercado. O produto deve seguir a tradicional receita francesa e a qualidade do produto Prèsident, uma das mais vendidas no país de origem da Lactalis, e, agora, a primeira a ser produzida na América do Sul. “É um produto que traz ao Brasil inovação, diferenciação e qualidade que desenvolverá o mercado, como a Lactalis faz ao redor do mundo”, pontua Salles.
Salles também afirmou que futuras iniciativas aguardarão a resolução da aquisição da mineira Itambé Alimentos pelo grupo francês. O negócio foi embargado momentaneamente por um recurso da mexicana Lala, dona da Vigor, junto à Justiça de São Paulo e à Câmara de Arbitragem Brasil-Canadá visando anular a aquisição. “Temos de solucionar essa questão com a Itambé. O grupo tem uma área de fusões e aquisições, que atua na França e que analisa oportunidades em todo o mundo e está constantemente investigando alternativas de investimentos em distintos países. O negócio da Itambé foi algo conduzido por essa área de fusões. Esse investimento na Itambé é muito estratégico. A empresa apresenta grandes complementariedades geográficas e de portfólio com a Lactalis. Uma nova empresa a que surja da junção de Lactalis com Itambé vai ser extremamente salutar e positiva para o mercado lácteo brasileiro”, acredita.
Os investimentos em Teutônia somaram R$ 50 milhões em equipamentos para a produção de leite UHT em garrafas e R$ 20 milhões para a linha de manteiga premium da marca Prèsident. Outros R$ 30 milhões foram investidos nas unidades de Três de Maio, Ijuí e Santa Rosa. No decorrer deste ano a Lactalis projeta investir no Rio Grande do Sul mais RS 20 milhões. Entre as 15 unidades em operação no Brasil, a Lactalis administra uma planta em Carambeí (PR) e outra em Concórdia (SC).
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