A gigante acordou
O fato de ser o primeiro grande investimento realizado no polo de Triunfo (RS), nos últimos seis anos, já seria o suficiente para dimensionar a importância da inauguração da planta produtora de poliestireno expansível (EPS) da Videolar-Innova (foto). Acontece que a unidade, que recebeu aporte de R$ 100 milhões, é também o pontapé inicial de um programa agressivo de investimentos da companhia que pode chegar a R$ 1 bilhão até o final de 2018. O recado da detentora de 70% do mercado de poliestireno é claro. Depois de quase dois anos de integração das operações (a Videolar adquiriu a Innova em 2014), a gigante acordou e está com apetite para crescer.
Neste ano, a companhia deve iniciar a produção do ABS, plástico utilizado pela indústria automotiva e que não é, atualmente, processado no Brasil. O tripé de apostas se completará com a duplicação da produção atual de 250 mil toneladas anuais do monômero de estireno, matéria-prima para borrachas sintéticas, plásticos e embalagens. Mas, para o analista João Luiz Zuñeda, diretor da consultoria MaxiQuim , os novos projetos da Videolar-Innova não devem parar por aí. Ainda que os planos para o país não estejam concretizados, Zuñeda vê a empresa caminhando para a decisão de realizar investimentos no exterior. “É um caminho natural para o grupo. E não parece um horizonte muito distante, pois ela já tem o cacoete do mercado internacional”, relata Zuñeda, fazendo referência às relações de exportação e importação da petroquímica com parceiros internacionais.
Com o EPS e, mais adiante, com o ABS, a Videolar-Innova se firma como um relevante fornecedor dessas matérias-primas para a indústria nacional, ainda muito dependente das importações. Programada para produzir inicialmente 25 mil toneladas ao ano, a unidade de EPS – conhecido pelo nome comercial isopor – pode abastecer um quarto da demanda nacional.
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