Startup que conecta doadores a ONGs vai representar América Latina em prêmio internacional

Plataforma Joyn Brasil, criada por estudantes da PUCPR, venceu etapa latino-americana do 2021 Hult Prize, que tem apoio da ONU
A Joyn Brasil foi desenvolvida pelos estudantes Gabriel Dreher, Jean Paulo dos Santos Filho, Eduardo Batistel Zaniol e Yasmin Jasinski Miranda

Uma startup criada por universitários da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) desbancou mais de 30 iniciativas e foi selecionada para representar a América Latina na edição de 2021 do Hult Prize, organizado pela Hult Prize Foundation, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Joyn Brasil foi desenvolvida pelos estudantes Gabriel Dreher, Jean Paulo dos Santos Filho, Eduardo Batistel Zaniol e Yasmin Jasinski Miranda (todos na foto). A iniciativa consiste em uma plataforma que ajuda a conectar doadores a Organizações Não Governamentais (ONGs). Com cerca de cinco meses de operação, o projeto já arrecadou R$ 22 mil e ajudou mais de 800 famílias e, aproximadamente, 1,5 mil crianças.

A competição é anual e convida estudantes do ensino superior para resolver questões sociais consideradas urgentes, como segurança alimentar e acesso à água. O desafio deste ano, lançado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, é "Comida para o Bem: Transformando a Comida em um Veículo Para a Mudança". A etapa latino-americana do evento foi realizada no último dia 18, de forma on-line, em razão da pandemia do novo coronavírus. A Joyn concorreu com startups de países como México, Argentina, Peru e Equador e foi eleita a melhor iniciativa.

Agora, a plataforma vai para a etapa de aceleração, marcada para o segundo semestre deste ano. Gabriel Dreher explica que a próxima fase tem dois momentos diferentes. Primeiro, a startup vai passar por quatro semanas de mentoria remota com experts de empreendedorismo social do mundo todo. Depois, o grupo viaja para Oxford, na Inglaterra, quando serão apontadas as melhorias necessárias para o modelo de negócio.

"Ganhar a etapa da América Latina foi sensacional, espetacular mesmo. Havia startups muito boas, com ideias incríveis. Essa próxima fase vai ser uma oportunidade muito grande, vamos ter a 'faca e o queijo na mão' para evoluir, para tornar a Joyn não só uma grande startup, mas fazer dela um meio para impactar a sociedade e ajudar a quem precisa", comenta o universitário. Da fase de aceleração saem seis finalistas, que vão apresentar seus projetos na sede da ONU, em Nova York, com a presença de Bill Clinton. A iniciativa campeã leva um prêmio em dinheiro, no valor de US$ 1 milhão (mais de R$ 5 milhões na cotação atual).

Fomento ao empreendedorismo
Na PUCPR, a Joyn foi impulsionada no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Empreendedorismo e Pesquisa (PIBEP), imersão que ocorre todos os semestres na universidade para os estudantes que querem tirar suas ideias do papel e transformá-las em um modelo de negócio de sucesso. A equipe da Joyn é composta por estudantes dos cursos de engenharia de produção, ciência da computação, direito e design. O projeto também recebeu a orientação do professor Glauco Furstenberger, da Escola Politécnica da PUCPR, durante o trabalho de conclusão de curso do estudante Gabriel Dreher. "Todo o processo foi muito natural devido à vontade de fazer acontecer do time, que queria muito inovar com impacto social. Orientar um projeto com viés social é muito significativo", afirma Furstenberger.

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Sexta, 03 Mai 2024

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